Ésquilo: O primeiro dos três grandes dramaturgos trágicos foi quem deu grandeza e esplendor a esse gênero teatral. Aumentou de um para dois o número de atores, reduziu a importância do coro e deu prioridade aos diálogos. Dele se conservam sete obras: a trilogia Oréstia ( composta por Agamenon, Coéforas e Eumênidas) , Os persas, Os sete contra Tebas, As suplicantes e Prometeu Acorrentado.
Sófocles: É o mais clássico dos três e o que eleva a tragédia à perfeição artística. Também operou mudanças de gênero, já que aumentou de dois para três o número de personagens, acrescentou mais ação às tramas e potencializou a decoração e a indumentária dos atores. Suas personagens, mesmo idealizadas, são um pouco mais humanas que as de Ésquilo. Conservam-se integralmente sete obras de Sófocles: Ájax, Antígona, Édipo Rei, As traquinianas, Electra, Filocteres e Édipo em Colono.
Eurípides: Em vida, foi menos valorizado que Ésquilo e Sófocles, mas foi o mais popular na época helenística. Não tem a grandiosidade de Sófocles, mas suas personagens são muito mais humanas; introduziu – sem afastar totalmente a mitologia – temas novos e mais modernos (a mulher, a psicologia, a crítica aos deuses) e desenvolveu ao máximo paixões obscuras e truculentas, especialmente nas personagens femininas. Dezessete de suas peças chegaram até nós, entre elas Alceste, Medeia, Andrômaca, As troianas, Ifigênia em Táuride, Electra, Orestes e As bacantes. Também se conservou um drama satírico: O ciclope.
Por José Pereira da Silva – professor