Essa obra é, a princípio, um conto infantil sobre as aventuras de Alice em um lugar de fantasia no qual tudo é possível. Sua enorme influência se deve à liberdade criativa de seu autor, que brota sem amarras, já que tudo é sonho da protagonista .
Foi a partir de histórias por ele mesmo contadas a meninas que Lewis Carroll (1832-1898) compôs As aventuras de Alice no País das Maravihas (1865) e Do outro lado do espelho (1872). Nessas duas narrativas vamos encontrar Alice, a garota heroína de contos marcados pela poesia e a fantasia, ilustrados com desenhos do próprio autor.
Alice é uma garota que está com a irmã perto de um rio. De repente, vê um coelho branco com um relógio saindo do casaco, caminhando apressado e se lamentando com o atraso.
Intrigada, decide seguir o coelho e cai num poço muito profundo, no qual voa por um tempo tão longo que acaba dormindo. No final chega a uma casa estranha, que às vezes é muito grande e outras, muito pequena.
Quando consegue sair, tem umas conversas muito estranhas com vários animais e se encontra com uma lagarta que fuma.
A partir do universo convencional dos contos maravilhosos, Lewis Carrol opera uma verdadeira revolução: a fim de romper os limites da lógica , ele põe em cena a fantasia desenfreada e a loucura.
Embora destinado ao público juvenil, o texto do livro é rico de significados profundos.É Possível ver nele uma sátira da justiça vitoriana e, em termos gerais, uma crítica da maneira como são educadas as crianças.
Alice nos leva também ao país das maravilhas da linguagem: trocadilhos, alusões, paródias, frases de duplo sentido.
Prof. José Pereira da Silva
