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quarta-feira 25 dezembro 2024
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Literatura em gotas – A segunda geração romântica alemã

O interesse pelo passado nacional e pelo folclore popular está presente nas rigorosas compilações de contos tradicionais dos irmãos Grimm, Jakob (1785-1863). Esses filólogos, além de iniciar a redação de um dicionário alemão monumental, reuniram em Contos infantis e do lar e Lendas alemãs alguns contos muito famosos, como Branca de Neve e os sete anões, Cinderela, Os músicos de Bremen e O lobo e as sete cabrinhas.

A presença em alguns deles de personagens fantásticos como fadas e outros seres imaginários será um dos sinais de identidade da segunda geração do Romantismo alemão.

A narrativa fantástica se converte em um dos gêneros preferidos do Romantismo, com sua mescla de terror e humor.
E.T.A. Hoffmann (1776-1822) confunde os limites entre realidade e fantasia em seus contos fantásticos como Peças da fantasia, O elixir do diabo e Opiniões sobre a vida do gato Murr.

Adalbert Von Chamisso ( 1781-1838) escreve A maravilhosa história de Peter Schlemihl, em que um homem vende sua sombra ao diabo.

Entre os românticos tardios se destaca Heinrich Heine (1797-1856). Judeu exilado da Alemanha, celebrou sua relação de amor e ódio com sua pátria no longo poema satírico Alemanha, um conto de inverno. Seu Livro de canções ficou muito popular, mas ele é sobretudo um grande prosador: ganhava a vida com crônicas jornalísticas de temas sociopolíticos.

O dramaturgo Georg Buchner (1813-1837) é autor de obras caracterizadas pela força da linguagem e pelo seu apaixonado conteúdo ideológico. Sua obra influenciou enormemente o teatro do século XX. É autor dos dramas A morte de Danton e Leonce e Lena, mas sua principal tragédia é o inacabado Woyzeck, sobre um soldado pobre que mata sua amante infiel.

Prof. José Pereira da Silva