A poesia é o gênero mais pobre do século. A estética neoclássica, baseada na imitação dos autores Greco-romanos, nas regras e no propósito didático, foi pouco produtiva para a lírica.
Apenas nos últimos momentos do Neoclassicismo houve um autor interessante, André Chénier (1762-1794), com suas poesias bucólicas e idílicas.
Os melhores autores do teatro neoclássico francês são comediantes:
a) Pierre de Marivaux (1688-1763) ficou famoso com suas peças de enredo amoroso e galante, como O jogo do amor e do azar e A dupla inconstância, em que não falta crítica social e moral.
b) Pierre-Augustin De Beaumarchais (1732-1799), de vida agitada, é autor de duas farsas ágeis e divertidas que se passam na Espanha: O barbeiro de Sevilha e As bodas de Fígaro.
c) O romance , no entanto, alcança um nível muito alto. A primeira obra importante é Gil Blas de Santillana, de Alain-René Lesage (1688-1747), suposta imitação de uma novela picaresca com intenção satírica. Marivaux também escreveu dois grandes romances sentimentais: A vida de Mariana e O campesino enriquecido.
d) O ambiente de liberalização de costumes faz florescer o subgênero do romance libertino, de difusão clandestina por sua mescla de erotismo, anticlericalismo e idéias subversivas. Seu auge é alcançado com o Marquês de Sade (1740-1840), preso por causa da imoralidade de suas peças, como Justine ou As desgraças da virtude, A filosofia na alcova e Os 120 dias de Sodoma.
e) No final do século, Paulo e Virgínia , de Bernardin de Saint-Pierre (1737-1814), alcançou grande êxito. Trata-se da história de um amor adolescente puro em meio à natureza. O outro grande romance do século é As ligações perigosas, de Choderlos de Laclos (1741-1803), retrato epistolar da libertinagem da aristocracia.
Prof. José Pereira da Silva