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segunda-feira 18 novembro 2024
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Liderar é servir

Com uma narrativa empolgante, onde você pode distinguir a diferença entre o poder e a autoridade. Assim, é o livro “ O Monge e o Executivo”, obra de James C. Hunter.
O poder recebe a conotação de imposição, enquanto que a autoridade adquire o sinônimo de liderar, e esta recebe a definição de servir.
O escritor conta a história de John Dality, um homem bem sucedido nos negócios que de repente sente-se fracasso como chefe, marido e pai.
Decidi desta forma, participar de um retiro num mosteiro beneditino e obter conhecimentos sobre liderança, onde encontra Len Hoffman, já com pseudônimo de Frei Simião, que tomou a seguinte decisão: transmitir sua experiência de vida enquanto mestre em liderança em importantes empresas multinacionais.
Leiam pois, com certeza, vão aprovar. Foi através deste título que aproveito para contar uma passagem que se deu numa reunião de amigos, em que se comentava o tal livro. Eu aproveitei o gancho e contei um causo que muito tinha a ver com o assunto em pauta.
Um executivo procurou o mosteiro; e solicitou na portaria que era um jovem capuchinho que chamasse o monge superior, porque queria se internar no convento.
O frade chamou o monge que sabatinou o homem, perguntando-lhe:
__Você tem mesmo vocação para ser frade?
E ele respondeu com firmeza:
__Sim, eu quero! Cansei do cotidiano e tomei essa decisão, pois os meus valores são outros, agora!
O monge, então, o advertiu:
__Aqui no convento você vai trabalhar, rezar, e só poderá falar depois que completar cinco anos..
Mesmo assim, o tal homem aceitou a condição. Pegou o hábito, as sandálias e foi para a labuta, trabalhar nas hortas do mosteiro.
Passaram-se cinco anos, quando o velho monge o procurou e disse-lhe:
__Agora você já tem o direito de falar duas palavras. Pense bem, porque são somente duas.
E ele , olhando nos olhos do Monge, disse:
__CAMA DURA!.
O monge ficou intrigado com àquela resposta, e pediu que ele retornasse ao trabalho.
Impressionante, mas esse homem passou mais cinco anos trabalhando e rezando. Ao completar dez anos de clausura, ele foi procurado novamente pelo monge, que lhe disse:
__Meu filho! Você tem mais duas palavras para dizer. Pense bem no que você vai falar, pois são somente duas palavras.
E o homem refletindo profundamente, desabafou: __COMIDA FRIA!
O monge levantou-se da cadeira esbravejando:
__ Eu sabia. Eu tinha quase certeza. Desde que você entrou neste convento você só reclamou.
Você não tem nenhuma vocação para ser frade.