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segunda-feira 23 dezembro 2024
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Leitura de Taubaté – O cocô de Bolsonaro

O presidente Bolsonaro foi convidado a participar do primeiro encontro fraternal de lideres evangélicos em Goiás, no dia 28/08/2021. O evento atingira os seus objetivos, as propostas, as análises sobre a existência dos homens e os caminhos da fé foram incorporadas ao dia a dia dos participantes. Tudo parecida seguir as metas elaboradas na organização do projeto. Não levaram em conta, porém, a realidade que habita um ser parecido com humano chamado Bolsonaro.

Não analisaram a sua campanha política, as entrevistas a jornais, rádios e televisões, não ouviram o conteúdo dos seus pronunciamentos, a facada, a ausência nos debates, a total inexistência de um plano de governo, de um projeto econômico e de saúde.

O que Bolsonaro afirma de manhã transforma-se, rapidamente, em piada, descrédito, ignorância, falta de lucidez. Nesse encontro fraternal ocorrido em Goiás, em sua fala, Bolsonaro disse: “Eu tenho três alternativas para o meu futuro: estar preso, estar morto ou vitória. Pode ter certeza que a primeira alternativa não existe. Estou fazendo a coisa certa e não devo nada a ninguém. Sempre onde o povo esteve eu estive”.

Nenhum presidente do Brasil, a partir do fraquíssimo Deodoro da Fonseca, conseguiu dizer uma asneira tão grande, como disse o desvairado presidente da nossa república. Primeiramente o discurso tem um cheiro de confissão, pois em nome e função da justiça, deveria ser preso pelo seu precioso discurso, pela falta de responsabilidade, pela inteligência, razão, na morte de 615 mil brasileiros. Um presidente precisa possuir algumas qualidades, valores simples, sentados na educação, cultura, capacidade de agir no momento exato e, jamais prolongar soluções.

Ao afirmar que a primeira alternativa não existe, isto é, jamais será preso, o presidente consegue inverter a justiça brasileira em direção a sua inutilidade e competência; se depois do seu terrível mandato, por motivos outros, ele não for preso, podemos esvaziar todas as prisões do Brasil, libertando os assassinos confessos que mataram muito menos que o presidente.

A convicção que está fazendo a coisa certa, é preciso perguntar-lhe o que entende por coisa, por certeza, por objetivo. Quanto ao fragmento que diz: “não devo nada a ninguém”. Deve sim, e muito, a sua conta não fecha, ele deve a ausência do pai que não veio para o jantar, porque ele o matou. Deve à ausência da mãe, mulher em encanto, morreu intubada num hospital, o causador da morte foi o covid 19 de propriedade de Bolsonaro.

A afirmação: “sempre onde o povo esteve eu estive”, essa fala retirou Castro Alves de sua tumba, pois o lugar que o povo vive, anda, trabalha, luta, não aceita esquizofrênicos, psicopatas, aqueles que amam a morte, a inflação, a fome e a grosseria comunicativa”.

Outra afirmação importante feita em Goiana, pelo canastrão Bolsonaro fecha o ciclo do total desconhecimento histórico: “Deus me colocou aqui, e somente Deus me tira daqui”. Essa informação tirou o sono de Deus por três dias; o choque foi tão grande que Deus convocou os anjos celestes para um pequeno congresso. Deus abriu o congresso com uma pergunta: “Será que eu sonhei, tive um pesadelo e nesse estado coloquei um lunático na presidência do Brasil? Se isso aconteceu, preciso rever minhas atitudes sonambúlicas, e retirar essa espécie quase humana, da pior espécie, do planeta Terra e o enviar para pequenos astros desabitados”.

Depois dos discursos, sem máscara, Bolsonaro tomou caldo de cana, juntamente com seus apoiadores, teve disenteria por quatro dias consecutivos.

Um repórter, amante de sua profissão, perguntou ao presidente: “Como investir e melhorar a política do meio ambiente”? O presidente, com sua cara e expressão de piranha que adora o escuro, respondeu: “É só você deixar de comer menos um pouquinho. Você fala para mim em produção ambiental. É só você fazer cocô dia sim, dia não, que melhora bastante a nossa vida também”.

Depois, num canto de bar, seu ambiente preferido, Bolsonaro explicou a sua filosofia: “permiti a entrada da inflação em nome do meio ambiente, as taxas de juros altas, em nome do meio ambiente, distribuí a fome no país para solucionar os problemas do meio ambiente. Eu como pouco, a Michele come pouquíssimo, os meus filhos beliscam os alimentos. Eu vou ao banheiro dia sim, dia não, abasteço o meu cérebro e os meus pensamentos, nem descarga eu dou”.

“Outra solução que eu vejo para salvar o meio ambiente é distribuir cultura ao povo. Povo culto gera menos filhos, usa os sanitários pouquíssimas vezes. Eu não tenho cultura nenhuma, tive cinco filhos. Por falta de cultura produzimos uma geleia contendo cocô nacional nas bordas das rachadinhas”.

Na cerimônia da primeira etapa de uma usina solar em Sobradinho, momento de transição da saída tecnológica na produção de energia, Bolsonaro conseguiu dizer: “Eu ganhei! A imprensa tem que entender que eu ganhei. Eu, Jonny Bravo Jair Bolsonaro ganhou, porra! Ganhei, porra!”

Em primeiro lugar, no início de tudo, ninguém ganha uma eleição, o político costuma vencer os concorrentes que disputam a mesma função. Por outro lado, Jonny Bravo é um personagem do cinema americano que conhece alguns golpes de caratê, não costuma pensar e não tem ideias próprias. Possui uma forte atração por mulheres, mas pelo seu caráter, inteligência, cultura, tratamento, falta de cortesia, é sempre rejeitado.

No contexto desse discurso, entendendo a colocação da vírgula como uma figura confessional, o presidente afirma que ganhou muita porra, porra para todos os lados, transformando o Palácio da Alvorada em um lugar escorregadio, sem governabilidade, vesgo, sem direção, sem atitude, sem nada.

Esse é o retrato atual do Brasil.

Prof. Carlos Roberto Rodrigues