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terça-feira 24 dezembro 2024
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Leitura de Taubaté – Discurso de Bolsonaro na ONU: A voz de um aloprado beleza!

Senhores e Senhoras da Organização das Nulidades Universais. Venho aqui, vejam como estou aqui, eu sou real, embora não pareça real, mostro um Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões. Estou afirmando, meus senhores, que o mundo é analfabeto e vesgo, veem imagens destorcidas; até eu, lindo como sou, atleta, tenho bilhões de anticorpos anticovidianos, pareço feio, raivoso, rancoroso, grosso e ignorante.

O Brasil mudou muito, depois que assumimos o governo em janeiro de 2019. Quando o Brasil me olhou, olhos nos fundos dos olhos, apaixonou-se, endoidou, teve febre, perdeu a respiração, foi entubado, por amor metafísico; as florestas não contiveram a emoção, a minha sexualidade ardente incendiou-se, as chamas devastavam as suas roupas mais caras, ficaram nuas e morrendo de tensão. As onças saudaram-se, as aves tocaram fogo em suas próprias penas, milhares de animais jogaram-se, movidos por amor puro, no meio dessas chamas. Nesse tempo de governo consegui provas que as muitas das histórias infantis e adultas, assim como os deuses da Grécia Antiga, não são imortais, eu os matei na fogueira; sacis, cucas, mulas-sem-cabeça, lobisomens, morreram torradinhos.

Eu tinha um ministro da saúde chamado Manqueta que renunciou ao cargo de ministro, para vender espetinhos de carne de sacis na transamazônica.

Estamos a dois anos e oito meses sem qualquer caso concreto de corrupção. Nesse instante do meu discurso, peço licença para explicar que a palavra concreto se refere ao exterior, ao externo, aquilo que substancia a nossa sensibilidade. No entanto, para cada concreto existe um elemento abstrato freudiano, lucasiano, safadiano localizado dentro de todo ser humano, uma força misteriosa maldosa que me levou a corromper o centrão, corromper as compras de vacinas, as rachadinhas das câmaras, assembleias, organismos públicos, minhas mulheres que se aproximavam do poder.

O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Eu acho, perdão, confundi-me nesse trecho, digo: O Brasil tem um presidente que ninguém sabe onde está. Uma hora estou de cavalo, galo passado; outra sou motoqueiro profissional; em outro momento estou ofendendo os jornalistas. Esse presidente acredita em Deus, um Deus que usa máscara quando preciso dele, usa álcool em gel, e tenta ajudar-me a resolver os absurdos que faço e fiz.

Eu disse que respeito aquele livrinho verde, escrito sob dos olhos do Dr. Ulisses Guimarães; eu o respeito tanto que nunca o li, pois tenho dificuldade de pronunciar cons-ti-tui-ção; eu confundo constituição com a palavra intuição, com impulso irracional. Falei também que respeito os militares, mesmo mandando-me embora da corporação e me colocando como reserva como cafetão, um termo que no latim significava cabeça, órgão que, por descuido divino me falta. Quanto à valorização da família, como agrupamento unido por parentesco e afinidade mútua, cito a minha própria estrutura familiar, que consegue comprar mansão no lago Sul de Brasília e distribuir chocolates “Cacau Show” a população do meu Brasil. No trecho textual onde disse que tenho lealdade ao povo brasileiro, demonstro esse meu querer patriótico agrupando-o, sem máscara, sem proteção, assim aproximo-o da morte para solucionar o problema do desemprego. A cada reunião contamino centenas.

Essas coisas que eu disse, nada significam se nós não verificamos que estávamos à beira do socialismo. Eu não entendo direito, concretamente o que significa socialismo, porém, pelo meu pouco saber, acho que é o sistema que protege o coletivo no lugar de proteger o indivíduo, por isso protejo a minha família da língua socialista.

Nossas estatais davam prejuízo de bilhões de dólares, hoje são lucrativas, dão trilhões de dólares de lucros aos Estados Unidos e às entidades beneficentes que protegem, aprimoram e cuidam das ideias de Tramp, ideias que são plantadas em vasos de xixi solidificados e fortalecidos com dejetos de republicanos. Mas o meu caso de amor secretíssimo é o Tramp, O Love You!

O nosso banco de desenvolvimento era usado para financiar obras faraônicas, agora financiar apartamentos para minha ex-mulher e mansão para a belezinha do meu filhinho Flavinho, um gênio das rachadinhas, garoto bonito, rechonchudo!

Nós pagamos mais de trezentos médiuns categorizados que, à noite enquanto o Brasil dorme, trazemos de volta uns dois mil maquinistas das antigas Maria das fumaças, com seus trens de bitola estreita, atitude que vão baratear os alimentos mais consumidos no Brasil, tais como jiló, gambás, cobra caiano, pombas que sujam as praças públicas.

Nossa moderna e sustentável agricultura trabalha com arado manual, bundal, pedulo, uma produção de baixo carbono, de pum baixinho, produzido dentro das cuecas; essa produção alimenta mais de um bilhão de pessoas no mundo, utilizando 8% dos quintais das casinhas populares do Brasil. Por outro lado, nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa, nós tocamos fogo em tudo, enchemos as florestas e áreas preservadas do país com gado branco, preto, amarelo, todos vacinados, testados na contenção do covid-19, passamos álcool em gel nos cascos do gado, alimentandos-os com ração produzida na Universal do Reino de Deus e, por esse motivo, exportamos bostas, palavra latina, e exporta aos vários países do mundo, objetivando que o povo cresça forte e inteligente.

Para terminar o meu, convidamos as autoridades aqui presentes a visitar a Amazônia. A Amazônia fez um regime de boca, s mastigação de goma de saci oito vezes ao dia, a floresta emagreceu, o rio afinou, estão vestindo barragens Pierre Cardin; modificamos nosso código civil; o Brasil, agora, aceita o casamento gay, o casamento de porco espinho com jacaré, ou de qualquer animal que, verdadeiramente ame o outro, amor sério, bonito, refinado e sexualizado.

Quero terminar saudando os novos tempos; abençoando a economia do futuro, quero pedir desculpas, perdão, às famílias que perderam amigos, parentes, amores, na pandemia. Deus os chamou e eu presidente, sem questionar Deus, os deixei partir.

E aqui, nesta casa chamada de Organização Desnacional Universal, nesta assembleia, oramos pela doidomocracia, pela liberdade sem poder se mexer, pela prosperidade do Mourão, meu vice, pessoa participante da política do país, pelo meu ministro da Saúde Dr. Queiroga, pousada americana para os covids 19, 20, 21 descansarem sentindo a brisa movida ao jazz e blues. E elevo, neste momento, o bispo Edir Macedo, branquinho, carequinha, bonitinho, como o único e verdadeiro Santo do País.

Prof. Carlos Roberto Rodrigues