Ele nasceu num dia de dezembro que teve 36 horas. Esse tempo alargado dava direito a determinados seres especiais, feitos no caldeirão das bruxas, a errar durante todos os minutos da vida. A bruxa Morgana, mulher feia, má, traumatizada, bloqueada, comedora de chantilly feito de alma de ratos, espalhou esses filhos do caldeirão em épocas específicas, momentos determinados, em vários países do mundo; exemplificando essa ação, para termos ideia exata da tragédia, podemos exemplifica-la apontando alguns nomes, tais como, Pilatos, Calígula, Nero, Átila, vários Papas, Hitler, Mussoline e Tio Patinhas, do Disney.
Recentemente, no Brasil, um dos filhos do caldeirão caiu em nosso solo pátrio, chamado Bolsonaro, veio para desmatar, destruir, abalar, humilhar, corromper, comer pedaços de pizzas com as mãos sujas na porta do prédio da ONU e espetinho de carne de gato nos fundos da própria ONU.
Ele nasceu. Não sabemos de suas besteiras infantis, foram escondidas pelo João Bafo de Onça, do Disney. Na juventude, não houve registro de maldades, pois a Maga Patalógica os apagou.
Ele entrou no exército, farda verde, atleta, corria, saltava, brincava de amarelinha, garrafão, brincava de esconde-esconde, tornou-se capitão, mal soldado; casou, descasou, casou, descasou, fez filhos, deu uma brochada e nasceu uma filha.
Inexplicavelmente, por meio de uma facada de um Bispo, foi eleito presidente. A lâmina da faca continha uma pequena quantidade do sangue de Hitler.
O Toninho estourou um quilo de milho de pipoca misturado com cloroquina e Bolsonaro, com aquele rosto feito de susto, foi condenado pelo crime de epidemia com resultado de morte; nunca ninguém causou ou divulgou uma doença como ele. Ele aparecia de peito de algodão, vestido agarrado, difundindo os prazeres da Covid 19.
O Belizário, criador da bola de couro, costurou quatro bolotas e Bolsonaro foi condenado por crime de inflação a medidas sanitárias preventivas. Ele não lavava as bolas, fazia propaganda de doença produzida pelo diabo, não fechava bares, padarias, restaurantes, aglomerava o público sem usar mascara para curtirem suas bolas sujas, craquentas, mal acabadas.
O Zé da esquina, malandro, ensinou-lhe a comprar vacinas inexistentes, transparentes, alucinatórias, feitas de xixi de lacraia do brejo, boa também, para alimentar o jacaré, caso antigo de um parente sem raciocínio algum.
O João Palhaço vendedor de pílula do centésimo dia, usando um megafone, ensinou-lhe a incentivar ao povo a prática da desobediência contra as leis do Estado.
O Juca Anus de Ferro falsificador de dinheiro, documentos cartoriais, documentos de carro, ensinou Bolsonaro e sua equipe a falsificar nota fiscal de compra pública.
O Tião Cegador de Mulas, castrador de formiga saúva, deu-lhe umas aulas, sobre uma moto, de como ser um charlatão atleta com cara de louco, andar de psicopata e riso extraído dos três patetas. Ele divulgou, propagou, anunciou a cura de doenças não autorizadas pela ciência. Ele pregou de cima de uma mula, como tirar a cabeça do Crivela, por no corpo do Edir Macedo, usando as nádegas do Malafaia, para combater a Covid 69.
O jogador Bolão, dono de uma perna única, deu-lhe aulas homéricas de como retardar jogadas, atrasar o passe, descadeirar o concorrente, levar um mês para chegar ao gol e três meses para comprar vacina.
O Laercio Troço Queimado, caçador de perereca, ensinou-lhe com o uso de uma lousa último tipo, como acender um homicídio, elevar um extermínio, destruir tribos indígenas e dizimar 600 mil pessoas, usando médicos formados em construção civil.
A Jurema (Boca de Bagre) treinou-o a afastar-se da constituição, empurrar o país nos roteiros da insegurança e desrespeitar os orçamentos apresentados pelo ministro Pinteles.
Os elementos malignos convenceram Bolsonaro, numa sauna, todos pelados, a desmatar a Amazônia, para realizar uma enorme criação de gado. O gado solta “pum”, o dia inteiro contaminando o ar com metano; até Deus, dizem, está querendo se mudar do céu. Hoje, depois que encerrar a sua diária no Alvorada, Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Renan Bolsonaro, munidos de fita crepe, fita isolante, tentarão tapar o fiofó dos bois, vacas, bezerros, tentando impedir o efeito estufa. Deus, do alto, não consegue segurar o riso, mas o Brasil chora.
Prof. Carlos Roberto Rodrigues – professor de Literatura