Doença é silenciosa e possui sintomas leves, muitas vezes difíceis de identificar – podem ser confundidos até com gripes e resfriados
A palavra hepatite significa “inflamação do fígado causado por vírus” e a principal característica da doença é que possui sintomas leves, muitas vezes difíceis de identificar – podem ser confundidos até com gripes e resfriados. A mais comum, a tipo A, é transmitida via alimentos e pessoas infectadas, só dura alguns dias e pode ser tratada por meio de vacinas.
As mais graves são as do tipo B e C, transmitidas por sangue, secreções ou via sexual. Para a B, também já existe vacina. Mas todos os profissionais envolvidos alertam: a melhor forma de evitar a hepatite é mesmo a prevenção da doença.
Segundo especialistas consultados pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, é importante se vacinar até os 49 anos de idade, em especial os grupos que estão mais expostos ao contágio, como profissionais da saúde, do sexo, manicures e barbeiros.
O maior perigo em relação à hepatite C é a quase total falta de sintomas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 3% da população mundial está infectada. Quando a doença evolui silenciosamente, as pessoas não sabem que são portadoras do vírus e, no futuro, desenvolvem inclusive outras doenças, como cirrose, insuficiência hepática e até câncer de fígado.
Para se prevenir, algumas medidas simples são fundamentais, como usar sempre preservativos nas relações sexuais, não compartilhar objetos de higiene pessoal, como escovas de dente, cuidado ao fazer piercings e tatuagens, ou mesmo com objetos cortantes nos salões de beleza – verifique se todos os instrumentos são devidamente esterilizados nestes estabelecimentos.
Uma prática comum entre as mulheres, a retirada da cutícula, tira a proteção da unha e pode causar sangramento, uma possível fonte de transmissão das hepatites. O vírus da Hepatite B é 100 vezes mais infeccioso que o HIV e permanece sete dias no ambiente. Se o material usado para fazer a unha foi contaminado com o sangue infectado, ele permanece nos instrumentos e na superfície.
A Secretaria de Estado da Saúde de SP organiza diversas atividades que incluem testagem e orientação a população para incentivar a prevenção, pois nos últimos anos, houve um aumento no número de notificações de casos de Hepatite C, que passou de 4,9 mil, em 2014, para 7,6 mil, no ano passado. Por outro lado, os casos de Hepatite B diminuíram 3,7%, no período, com 3 mil casos em 2016, contra 3,2 mil três anos atrás.