Cirurgião especialista aproveita a data para falar sobre a importância do diagnóstico precoce
No próximo dia 27 é celebrado o Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço. A data marca a Campanha Julho Verde que tem como objetivo chamar a atenção para a prevenção e tratamento de tumores que atingem regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide e seios paranasais.
Dados recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que a cada ano surgem, no Brasil, 43 mil novos casos de câncer nessas regiões, sendo o segundo tipo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata, e o quinto entre as mulheres, com destaque para o câncer da tireoide.
A incidência crescente da doença está relacionada aos seus principais fatores de risco: tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, exposição excessiva aos raios solares e obesidade. A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) também tem contribuído, nos últimos anos, com o aumento dos casos.
O Cirurgião especialista em Cabeça e Pescoço do Hospital Regional, Dr. Caio Soubhia Nunes, explica que apesar do diagnóstico precoce ser fundamental para o sucesso no tratamento, a descoberta tardia é realidade em 60% dos casos. Para o especialista, a situação pode ser um reflexo da não valorização dos sintomas pelos pacientes. “Como a maioria dos fatores de risco está bem estabelecida, precisamos focar na prevenção, pensando, pincipalmente, sobre o estilo de vida e mudanças de hábitos. Além disso, sempre que apresentar feridas na boca ou nódulos no pescoço, é fundamental procurar ajuda médica”, conclui.
As principais opções de tratamento para pacientes com câncer de cabeça e pescoço podem incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. No Hospital Regional de Taubaté a doença também é acompanhada de perto pela Equipe Multidisciplinar do Ambulatório de Cuidado Coordenado, composta por médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais que, em conjunto, atuam a fim de evitar situações que possam comprometer as condições físicas, psicológicas e sociais de cada paciente, proporcionando qualidade de vida e adesão ao tratamento.