Search
domingo 24 novembro 2024
  • :
  • :

Jacob Melo responde

Qual a importância do estudo de anatomia e fisiologia humana para os tratamentos magnéticos?
Algumas coisas parecem, por vezes, de pouca significação…
Um pedreiro experiente costuma se perguntar por que uma pessoa contrata um engenheiro para construir uma casa se ele, o pedreiro, pode fazer tudo sozinho, sem nunca ter estudado?
Pessoas que, em casa ou em ambientes amigos, são desinibidas e se sentem artistas natas, dificilmente se conformam em não serem “descobertas” por algum caça talentos, pois que trazem dentro de si toda a arte que o mundo procura, sem, para isso, terem estudado artes cênicas…
E se prosseguirmos nesse raciocínio perceberemos que há um universo de pessoas que acreditam nunca precisarem de estudos para serem as melhores no que fazem.
No caso específico do Magnetismo, quando se fala na recomendação de Kardec (O Livro dos Médiuns, Cap. 17, item 211) acerca da necessidade do estudo prévio da teoria para que sejam evitados os percalços da prática é mais do que recorrente a frase: “Mas os rezadores e curandeiros nunca estudaram e operam verdadeiros milagres”.
Allan Kardec, na amplitude da sugestão acima, indica que o magnetismo prático pede estudo prévio sim e a teoria envolve pelo menos três abordagens bem distintas: o próprio Magnetismo, o Espiritismo e o Corpo Humano – aqui especificado nas áreas da anatomia (ramo da medicina que estuda a forma e a estrutura dos diferentes elementos constituintes do corpo humano), da fisiologia (estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios) e da patologia (qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença).
Pergunta-se: pode um magnetizador ou um curador curar sem jamais ter estudado nada disso? A resposta é obvia: ‘claro que sim!’. Jamais poderemos duvidar das capacidades e habilidades naturais dos seres, tanto como nunca será prudente não se ver que as conquistas da Humanidade são devidas a estudos e pesquisas, experimentações e ensinamentos, que são passados de pessoas a pessoas, gerações a gerações. Do contrário seríamos apenas repetidores não criativos, tudo fazendo dentro dos limites de um mesmo padrão, como faz o pássaro João de barro, por exemplo…
Não conhecer pelo menos o básico da anatomia, da fisiologia e, até, da patologia é uma dificuldade a ser vencida, pois o avanço de técnicas e a transmissão de detalhes acerca do que é feito ou do que pode vir a sê-lo pede identificação de órgãos, sintomas e cuidados, para os quais o conjunto desses três ramos da Medicina é fundamental. Se o Magnetismo não se desenvolve somente porque se aprendeu o relativo a esses ramos da Medicina, seu desconhecimento impede e até atrasa a marcha de progresso que todos buscamos.
Por fim, sendo o desenvolvimento da dupla vista uma real necessidade do magnetizador responsável e o tato-magnético seu grande ramo na prática dessa ciência, será sempre embaraçoso não se saber que órgãos, sistemas ou partes do corpo estão sendo atendidos ou examinados, o que ocorre neles e que possíveis doenças ali estão ou estarão instaladas. Desenvolver o tato-magnético, segura e poderosa lupa psíquica em favor do sucesso das ações magnéticas, é de reconhecida necessidade; e, para isso, o estudo do corpo humano é fundamental.