Guardamos muitas recordações de nossa infância, e para esta edição selecionei uma bela história de nos dá uma lição de vida.
Um homem de aproximadamente 50 anos, empresário, formado em uma faculdade renomada, residindo numa cidade grande, depois de muitos anos precisou voltar a sua cidade natal. Ele retornou para receber uma herança deixada pelo seus avós .
Tomou um avião e desceu numa cidade do interior. E para chegar até à cidadezinha, que ainda tinha poucos habitantes, pegou um trem tipo “Maria Fumaça”. Ele teve a sensação que havia parado no tempo, e tudo naquele lugar permanecia como era antes. A mesma estação ferroviária, as charretes, as casinhas antigas, pouco se modificou. E foi nesse lugarejo que ele, Pedro Garcia, passou a sua infância até aos 12 anos.
Depois de resolver os seus problemas no cartório, antes de dirigir para uma pensão, onde pernoitava para voltar de manhã, passou numa taberna que ainda existia no centro da pracinha, era tudo parecido como antes, menos os moradores, que já não conhecia quase ninguém. Foi quando ele se deparou, na saída do estabelecimento, com amigo de infância, que estava na porta do bar embriagado.
Não havia como não se lembrar, pois sentavam na mesma carteira dupla na escola primária, e tinha um defeito nos lábios, que chamava João Ferreira. Nesse instante, segurou a mão do homem, e disse:
__João, como vai? Eu sou o Pedro que era seu amigo de classe. Você se lembra?
__ Lembro, sim! Tudo bem com você?
__Você está lembrado, mesmo ?
Que nada, o João estava muito bêbado.
Era uma noite fria, e João vestia uma japona preta velha Pedro, percebendo que ele não reagia a conversa ,tirou do seu dedo um anel de brilhante de muito valor e colocou no bolso perto da lapela , e pensou consigo: “Amanhã, quando ele estiver melhor vai encontrar o anel, e se precisar de dinheiro poderá vendê-lo e, assim, resolver um pouco a sua vida. Todavia, se ele for um bêbado inveterado, poderá vender por qualquer preço e tomar mais suas cachaças por mais um longo tempo”.
Pedro soube mais tarde que esse João viveu mais uns dez anos bebendo e caindo pelas ruas da cidadezinha até morrer, sem nunca saber que tinha um pedra preciosa em seu bolso.
Moral da história: Às vezes, temos uma riqueza em nosso interior e não percebemos!
Ironia do destino
maio 18, 2019Bruno FonsecaColuna do CrisanteComentários desativados em Ironia do destinoLike
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