No 1º trimestre foram geradas 12 mil novas vagas
A geração de emprego na indústria paulista ficou praticamente estável em março, com a criação de 500 vagas, variação positiva de 0,03%, na série sem ajuste sazonal e negativa de -0,44% feito o ajuste. No encerramento do 1º trimestre, as novas contratações somaram 12 mil novos postos de trabalho, abaixo dos 22 mil computados no mesmo período de 2018, mas próximo do resultado de 2017 – positivo em 12,5 mil novas vagas. Os dados foram divulgados ontem, terça-feira, dia 16 pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).
“O resultado do mês e do trimestre está abaixo das nossas expectativas. Para que tenhamos 10 mil novos postos em São Paulo em 2019, é preciso melhorar muito o nível de contratação”, disse José Ricardo Roriz Coelho, 2º vice-presidente da Fiesp.
Um clima mais chuvoso para essa época do ano é apontado como uma das causas a influenciar na baixa contratação de pessoal nas usinas de-cana-de-açúcar. “No ano passado, a gente não tinha mais chuvas nessa época. Tínhamos um clima mais favorável para moagem”, observa Roriz.
Desempenho por setores
Entre os setores acompanhados pela pesquisa, 55% apresentaram variações negativas, com 7 contratando, 12 demitindo e 3 permanecendo estáveis.
Os principais destaques ficaram por conta do segmento de produtos alimentícios, com geração de 1.733 vagas; coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (844) e produtos têxteis (225).
No campo negativo ficaram, principalmente, máquinas e equipamentos (-525); produtos de metal, exceto máquinas e equipamento (-514) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-311).
A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 37 Diretorias Regionais do Ciesp. Por grande região, a variação em março recuou -0,54% na Grande São Paulo (inclusive ABCD), no ABCD (-0,57%) e subiu 0,23% no Interior.
Entre as 37 diretorias regionais, houve variação nos resultados. Nas 12 que apontaram altas, destaque por conta de Santa Bárbara D’Oeste (0,97%), com geração de 150 vagas, influenciada por produtos têxteis (0,93%) e produtos de metal (4,76%); Ribeirão Preto (0,92%), com a criação de 600 postos de trabalho, por produtos alimentícios (2,14%) e máquinas e equipamentos (1,45%).
Já das 22 negativas, destaque para Presidente Prudente (-1,88%), com o fechamento de 800 vagas, por produtos alimentícios (-4,26%) e couro e calçados (-2,54%) e São Paulo (-0,81%), baixa de 2.850 postos, por produtos alimentícios (-3,79%) e confecção de artigos do vestuário (-1,89%).