O emprego na indústria paulista apresentou em agosto mais um mês de estabilidade, ao apresentar pequena variação negativa de 0,11%, fechamento de 2,5 mil postos de trabalho, na série sem ajuste sazonal. Na análise com ajuste, a oscilação também ficou no campo estável, -0,01%. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, há leve queda de 3,27%. Contudo, no acumulado do ano, o saldo apurado segue positivo em 5,5 mil postos de trabalho (0,26%), melhor resultado para o período de janeiro a agosto desde 2013, quando foram contratados 40,5 mil trabalhadores (1,55%).
Os dados são da pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo divulgados ontem, segunda-feira, dia 11, pela Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Ciesp (Depecon).
“A produção industrial mostra recuperação, apesar de ainda não ser vigorosa é contínua, refletindo na manutenção dos postos de trabalho. A geração de novos empregos é a última variável a reagir. Ainda temos muita capacidade ociosa, o que deve levar as empresas a resistir a novas contratações por um tempo”, argumentou Paulo Francini, diretor titular do Depecon.
Setores e regiões
Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de agosto, 4 ficaram positivos, 4 estáveis e 14 negativos. Entre os positivos, os destaques ficaram por conta da indústria de alimentos, com geração de 1.060 postos de trabalho, seguida de máquinas e equipamentos (947). No campo negativo ficaram, veículos automotores, reboque e carroceria (-1.171) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-708).
A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do Estado de São Paulo e em 36 Diretorias Regionais do Ciesp. Por grande região, a variação no mês ficou negativa, além do Estado de São Paulo (-0,11%), também no interior paulista (-0,07%) e na Grande São Paulo (-0,12%).
Entre as 36 diretorias regionais, houve variação nos resultados. Nas 14 que apontaram altas, destaque por conta de Santo André (1,38%), influenciada pelo setor de produtos alimentícios (11,40%) e produtos de borracha e plástico (0,94%); Marília (1,10%), por produtos alimentícios (1,48%), produtos de borracha e plástico (5,51%) e Jaú (0,97%), por artefato de couro e calçados (2,82%) e papel e celulose (7,32%).
Já dos 18 negativos, destaque para São Bernardo do Campo (-2,49%), por veículos automotores e autopeças (-2,61%) e produtos de metal (- 3,18%); Jacareí (-1,80), por outros equipamentos de transporte (- 20,84%) e bebidas (- 1,39%); Botucatu (-1,45%), influenciado por veículos automotores e autopeças (-6,11%), coque, petróleo e biocombustível (-5,79%).