Levantamento divulgado pela Serasa Experian revelou que 63,3 milhões de brasileiros estão negativados
De acordo com levantamento da Serasa Experian, 63,3 milhões de brasileiros, que representam 40,5% da população adulta, estavam com contas atrasadas e negativadas em julho de 2019. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve um crescimento de 2,7%, com as instituições financeiras sendo as maiores responsáveis pela inadimplência.
Entretanto, se comparado com junho deste ano, cerca de 100 mil pessoas deixaram os registros de contas atrasadas e negativadas. Redução de 0,2% em julho.
Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, revelou que a expectativa é de redução para os próximos meses. “Há a expectativa da liberação de parte do saldo do FGTS, 13º e os lotes remanescentes da restituição do Imposto de Renda, o que deve trazer um fôlego maior”.
Dívidas com financeiras
Em julho, o montante de dívidas do segmento de banco e cartões foi de 29,3%, maior marca desde outubro de 2017, quando chegou a 29,6%. As Financeiras chegaram a 10%, maior porcentagem desde março de 2016.
Sobre a participação das instituições financeiras na inadimplência dos brasileiros, Rabi falou: “O movimento revela a grande dificuldade que os brasileiros têm em não conseguir honrar nem os compromissos firmados com esta classe de credores, restringindo o acesso a crédito dessas pessoas. Porém, é possível que os efeitos mitigadores anteriormente citados – liberação de parte do saldo do FGTS, o ingresso do 13º salário e os lotes remanescentes da restituição do Imposto de Renda – consigam, a partir dos próximos meses, estabilizar a inadimplência dos consumidores perante este segmento”.