O padrão atual de produção no mundo é linear, ou seja, baseado na extração de matéria-prima, transformação, uso e por fim o descarte de resíduos. Se o consumo de recursos naturais se mantiver nesse modelo, as reservas naturais disponíveis para alguns materiais se esgotarão em algumas décadas.
Em uma economia linear, os materiais fluem em uma linha reta, desde a extração de recursos até a fabricação e o uso, e os resíduos vão para o aterro. Este modelo é caracterizado pelo desperdício de recursos e poluição excessiva, causando degradação do ecossistema.
A Economia Circular surge como um contraponto a esse modelo linear. Esse novo padrão associa o crescimento econômico a um ciclo de desenvolvimento que defende o uso mais eficiente dos recursos naturais e o aumento da competitividade da indústria, pois permite que as empresas possam reduzir custos e perdas produtivas, gerando novas fontes de receita e diminuindo sua dependência de matérias-primas virgens. Visa a criação de produtos mais eficientes e sustentáveis desde o início da produção.
Ao contrário do modelo linear tradicional, que transforma matérias-primas em produtos que são usados uma vez e descartados, o modelo circular fecha o ciclo, trazendo os produtos de volta após o uso para que possam ser reutilizados, reciclados ou reaproveitados.
O sucesso do modelo de Economia Circular depende de os produtos serem projetados e feitos com os materiais certos para uma vida útil apropriada e com o menor desperdício possível. Isso inclui o uso eficiente de energia e recursos renováveis e reutilizáveis. O sucesso desse modelo requer, assim, uma mudança de mentalidade; a produção deve poder ser rastreada, monitorada e os dados relevantes analisados durante todo o processo.
Todo o planeta se beneficia da Economia Circular. Cada ser humano, empresa, meio ambiente e animais se beneficiará de um sistema econômico que gera menos resíduos e poluição, mantém produtos e materiais em uso por mais tempo e regenera ecossistemas naturais.