Com uma estimativa de 1.570 novos casos em homens e 8.040 nas mulheres somente neste ano no Brasil, o câncer de tireoide é um dos tipos que tem ganhado destaque na literatura e na rede de saúde nos últimos anos, em relação aos demais tumores, representando atualmente 1% dos casos notificados no mundo.
A tireoide é uma glândula localizada na região anterior ao pescoço, responsável por produzir o hormônio que controla o metabolismo, tendo como complicações mais frequentes a alteração da função hormonal, com o Hipotireoidismo e Hipertireoidismo. Também é passível de formação de nódulos, que podem ser benignos (o chamado bócio) ou malignos, com o Câncer.
O Câncer da Tireoide é tratável, mas, em casos extremos, pode levar à morte. Só no Hospital Regional do Vale do Paraíba, referência para os atendimentos cirúrgicos da tireoide, os exames de ultrassonografia para diagnóstico de distúrbios cresceram 21% entre os anos de 2016 e 2017. Já nesse ano, nos primeiros 4 meses, o aumento já é de 14%. As consultas do Ambulatório de Endocrinologia cresceram 74%, se comparados os primeiros quadrimestres de 2017 e 2018. Das 76 cirurgias de retirada parcial ou total da tireoide deste início de ano, 13% tiveram como diagnóstico o câncer.
Apesar de ser uma patologia comum, ainda há certa dificuldade em se realizar o diagnóstico correto. As pessoas mais acometidas, em sua maioria, são as mulheres com mais de 30 anos. Além do público feminino, os idosos, profissionais expostos à radiação, pessoas com histórico familiar ou que já tiveram alguma doença da tireoide são considerados grupos de risco. Entre os problemas detectados estão a falta de informação e a detecção do diagnóstico.
Sintomas como palpitação, irritabilidade, sonolência, mau funcionamento do intestino, dificuldade de deglutição e aumento ou diminuição de peso podem ser sinais de alguma alteração na tireoide. Os exames de detecção são laboratoriais ou a ultrassonografia da tireoide, serviços oferecidos pela rede pública de saúde.