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sábado 16 novembro 2024
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Homenagens marcam dia de luta da pessoa com deficiência na Câmara de Taubaté

A psicóloga Shirley Aparecida Rocha Menezes e a educadora Maria Aparecida Chagas Gati receberam homenagens pelo protagonismo na atuação pela causa no dia de luta da pessoa com deficiência, realizado pela Câmara de Taubaté dia 13. A solenidade teve como presidente e oradora a vereadora Vivi da Rádio (PSC).
Shirley Aparecida nasceu com osteogenese imperfeita, conhecida como “ossos de vidro”. A primeira experiência dela com preconceito foi aos sete anos, quando foi rejeitada na escola regular por não andar. Ingressou na escola aos 11 anos e cinco meses de idade. Em 2003, concluiu o ensino médio, com muita alegria, e passou a sonhar com a graduação. Prestou vestibular para Psicologia em 2005 e, no ano seguinte, iniciou a faculdade, formando-se em 2011.
Dentro da Universidade de Taubaté, militou por melhorias no atendimento a pessoas com deficiência. Especializou em Psicologia Familiar Sistêmica e se aprofundou na compreensão emocional e psíquica da pessoa com deficiência e famílias. Atua como psicóloga clínica.
Nos agradecimentos, Shirley fez menção especial aos seus pais, pelo incentivo no seu crescimento profissional e pessoal. “Sei que não vou experienciar todas as possibilidades que uma pessoa com deficiência pode ter na vida, sem limitação, sem preconceito, mas confio que os filhos do meu sobrinho vão conviver com deficiência como uma coisa natural.
Os deficientes vão estar onde quiserem.”

Pedagoga, Maria Aparecida iniciou a carreira aos 17 anos na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), instituição da qual foi vice-diretora. Foi responsável pela primeira sala especial em parceria com a Escola Anchieta num espaço cedido para atender meninos de ruas que apresentavam distúrbios de aprendizagem e déficit cognitivo, com residência na antiga Guarda Mirim. Atuou em salas especiais da rede estadual e como orientadora educacional e pedagógica nos Colégios Idesa e Objetivo.

Em 1991, ingressou por concurso na rede municipal de ensino e assumiu uma sala especial para adultos no Lar Escola Santa Verônica. Foi a primeira diretora da Escola Madre Cecília, coordenadora da educação infantil na rede municipal. Em 2000 retornou à direção do Madre Cecília e, em 2002, junto com outros especialistas, organizou as salas especiais que a Prefeitura assumira com escolas da rede estadual, criando o projeto Integra/Ativa. Aposentou-se em 2010 e, em 2013, a pedido do prefeito, voltou à direção do Madre Cecília, onde permaneceu até 2015.

Ao agradecer a homenagem, Maria Aparecida destacou a gratidão aos alunos, adolescentes com quem conviveu e que “a ajudaram a ser uma pessoa melhor”, aos familiares “que acreditaram no trabalho”, e profissionais que a ajudaram a acreditar na importância de lutar pelos direitos.