O home equity – modalidade de crédito disponível para qualquer pessoa ou empresa que tenha um imóvel para oferecer como garantia e precise de recursos e condições para quitar a dívida no prazo mais adequado – é um tipo de empréstimo ainda pouco conhecido pelo público, mas barato, seguro, fácil de contratar e com prazo de pagamento de até 20 anos.
Também é um mercado com grande potencial de crescimento no Brasil, pois, segundo o Banco Central, poderia financiar cerca de R$ 500 bilhões – o volume atual é de R$ 14 bilhões, sendo 45% do montante concentrado no estado de São Paulo, segundo dados deste ano da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Nos Estados Unidos, por exemplo, onde o produto é mais consolidado, foram concedidos US$ 66 bilhões somente no segundo trimestre deste ano.
No entanto, poucos brasileiros ouviram falar desse tipo de crédito e aqueles que o conhecem têm receio de incluir seu imóvel como garantia, já que a casa própria tem um significado importante de realização pessoal. Fizemos um levantamento este ano que mostra que sete em cada 10 brasileiros não sabem que é possível fazer um empréstimo dando um bem como garantia. Além disso, 61% dos entrevistados não colocariam um bem quitado como garantia para o empréstimo e 33% não colocariam seu próprio imóvel nesse tipo de operação.
Como em toda operação financeira, a avaliação dos benefícios e dos riscos é essencial e deve ser feita a partir da realidade de cada pessoa. Mas o home equity se apresenta como um produto com grande potencial para atender quem já é dono de um imóvel, tem capacidade de honrar com as parcelas do empréstimo (assim como em qualquer outra modalidade) e busca recursos mais baratos do que os encontrados no mercado.
Por todos esses benefícios, essa linha tem o menor índice de inadimplência em comparação com outras, uma característica que supera a preocupação com a perda do imóvel.
O cliente pode utilizar o valor para qualquer finalidade. Muitos reformam a própria residência, investem em um novo negócio, fazem intercâmbio cultural ou compram um novo automóvel, por exemplo. Já as empresas costumam utilizar os recursos para investir na expansão dos negócios ou ganhar mais fôlego financeiro.
Nossa pesquisa apontou também que, na contratação de um empréstimo, 43% dos brasileiros pretendem utilizar o valor para quitar dívidas. Com base nisso, cabe a nós mostrar aos consumidores que o home equity pode ser uma alternativa para quem precisa de crédito com parcelas e taxas que cabem no bolso, por meio de uma operação cada vez mais rápida, realizada em poucos dias e com menos burocracia. Para pessoa física, o valor do empréstimo pode chegar a 60% do imóvel.
Ao planejar um novo projeto para 2023, o home equity deve ser visto como uma opção a ser considerada e estudada por pessoas e empresas, que podem contar com os gerentes de suas instituições financeiras para dar mais detalhes sobre o produto e indicar a melhor solução para cada caso.
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Por Rodrigo Rio, superintendente de Negócios Imobiliários do Santander, e Javier Garcia Verdous, superintendente executivo da Rede SP Metropolitana do Santander Brasil