A Rússia não fere somente a Ucrânia. Desolada por ter sua influência reduzida desde a desintegração da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, ainda exibe estertores de sua truculência stalinista, torturando a população ucraniana e lançando dúvidas sobre a estabilidade da região.
A URSS utilizava a Ucrânia como um quintal, onde entre os piores legados se situa Chernobyl.
A comunidade internacional se confunde e não consegue propor um tratado de paz, o que significa uma bem determinada precaução frente aos desvarios russos.
Ninguém consegue deter a covardia russa. Presos ao passado de dominação e posterior redução de influência sobre quase todos os vizinhos, a Rússia precisa enfraquecer a Ucrânia para não perder seu orgulho. Triste fim para um país que poderia ser um dos melhores do mundo, com amplo território, petróleo, florestas e matéria prima, além de uma cultura e tradições que rivalizam com qualquer outro país europeu.
Por outro lado, carente de recursos, dependendo apenas da força de seus poucos habitantes a pequena Israel, quase sem compreensão internacional se complica com os vizinhos.
Um pequeno pedaço de deserto com apenas uma fonte de água e vizinhos que se demonstraram inóspitos novamente, Israel tem que lutar para poder garantir a sua integralidade territorial.
Ucrânia e Israel, são assim, vítimas da mesma prepotência de vizinhos que não conseguem perder o hábito de ameaçar e explorar territórios que não mais lhes pertencem, ou que ainda, nunca lhe pertenceram.
Não há consenso sobre a prevalência de dois Estados em um território. População quase dizimada pelo Nazismo, os judeus se esforçam para limitar a autonomia da Palestina, que se confirma como uma porta de entrada para os mais ferozes inimigos.
A Rússia terá muito a ganhar se permitir que a Ucrânia trace seu próprio percurso, paralelamente com os demais países do Leste Europeu e se mantenha como uma região de paz e volte a ter prosperidade e independência. Difícil para os ucranianos esquecer a dor e morte que a dominação soviética e posteriormente russa lhes têm causado.
Israel precisa aplacar a fúria dos grupos terroristas ao redor e impedir, pelo menos temporariamente, qualquer abertura para sua desintegração territorial.