Parece que o final da Humanidade será antecedido pela desumanidade em relação às ameaças que temos cometido contra os animais.
Sara Amundson e Kitty Block publicaram um artigo extremamente revelador da crueldade que cientistas ainda insistem em utilizar fármacos em animais.
No Estado da Geórgia, uma companhia denominada “Safer Human Medicine” está propondo a construção de um abrigo para 30.000 macacos para experimentos. Tal medida não fará com que a evolução da Medicina seja mais segura e significa um retrocesso na proteção dos animais.
De fato, os Estados Unidos ainda financiam pesquisas oficialmente, com destinação orçamentária para experimentos em animais. Experimentos em animais possuem um alto custo e causam imensa dor e muito sofrimento. Segundo Sara Amundson, diretora da “The Humane Society of the United States” mais de 90% dos fármacos testados em animais falham em humanos.
“Safer Human Medicine” já tem um histórico de violência e exploração animal. Recentemente, foi processada por maus tratos em experimentos com cães no Estado da Virginia. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos ordenou o fim dos experimentos e exigiu que a empresa mantivesse um abrigo para os cães até que todos fossem adotados.
Em resumo, os experimentos não são produtivos, além de possuírem custos elevados. As alternativas são mais pesquisas. Infelizmente, há sempre uma recorrência em retornar para os experimentos em animais.
“The Humane Society” dirigiu uma investigação no Estado de Indiana, documentando os sofrimento de cães, macacos, porcos e ratos usados em testes. Reportaram que dois macacos morreram imobilizados ao receber fármacos experimentais, sem nenhuma defesa, como se tivessem sido executados.
Impressionante o despreparo dos cientistas que não levam em conta “a sociabilidade, inteligência e astucia dos macacos”, que infelizmente vivem amedrontados e com dores em consequência dos experimentos. Sara Amundson esclarece ainda que os bebês macacos são dependentes de suas mães sendo nutridos por elas até o 14 meses. Nos laboratórios, são separados das mães com pouca idade o que traz danos irreparáveis a vida deles. Praticamente enjaulados e traumatizados a partir do início dos experimentos, vivem uma sequência de torturas inimagináveis.
Enquanto as diferenças de fármacos para humanos e animais sejam distantes, as semelhanças dos sofrimentos são próximas ou até mesmo iguais.
Felizmente, ainda há uma tendência no Congresso Americano de reduzir as verbas para experimentos em animais. Paralelamente, os habitantes do Estado da Geórgia estão se engajando em luta para oferecer resistência à implantação do abrigo que teria a função de alojar os macacos indefesos.
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José Alencar Galvão de França