Uma das principais potências olímpicas, a Rússia enfrenta o banimento e proíbe retransmissão televisiva, já que quinze esportistas russos participam das Olímpiadas em Paris sob bandeira neutra.
Além do banimento por doping, ocorrido já nas Olimpíadas de Tóquio, a Rússia enfrenta o banimento do Comitê Olímpico Internacional em 2024 por violar a trégua olímpica.
Na Antiga Grécia, a realização das Olimpíadas impunha trégua obrigatória entre as Cidades-estados. Originalmente, os jogos tinham quatro categorias: natação, corrida, equitação e duelo de espadas. Com os anos, a equitação passou a envolver corrida de bigas e evidências como a escultura do atleta com disco, “Discóbolo”, sugerem que aconteciam também provas de arremessos.
A Rússia Branca, grande aliada da Rússia, também não participa das Olimpíadas, porém vários atletas do país também disputam medalhas sob bandeira neutra.
Do Oriente Próximo, Israel e a Síria, também em guerra, porém internamente, participam.
Depois de fugir de guerras e perseguições em seus países, 36 atletas de 11 países participam dos Jogos Olímpicos em Paris como integrantes da Equipe Olímpica de Refugiados.
A formação da Equipe Olímpica de Refugiados é um dos vários aspectos positivos e vai de encontro ao espírito olímpico. Mensagem de paz entre as nações, as Olímpiadas abrandam os conflitos e inspiram harmonia entre os participantes.
A Ucrânia, com seu território invadido, conseguiu enviar sua delegação, uma das mais saudadas em sua passagem pelo Rio Sena. A medalha de ouro do salto em altura para a ucraniana Yaroslava Mahuchick também foi muito celebrada.
Há dois anos, assim como milhões de ucranianos, Yaroslava teve que abandonar sua casa após a invasão de seu pais pela Rússia. Apenas um mês após a invasão, a atleta conquistou medalha de ouro, no salto que faz com muita desenvoltura, em Belgrado.
As Olímpiadas, desempenham assim, um exercício de sacrifício sob vários aspectos aos participantes e oferecem um espelho das dificuldades individuais que enfrentamos. Remetem o dardo às injustiças e aos governos ditatoriais que insistem em nos tirar a paz.
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José Alencar Galvão de França