Três ventos sopram constantemente no Litoral Norte.
O Vento Leste nasce com a madrugada e vem do mar e normalmente não passa de uma leve brisa matinal.
Na hora do almoço, o Vento Leste é substituído pelo Vento Sul, que muitas vezes trás as frentes frias, originárias da Antártida.
Tanto o Vento Leste quanto o Vento Sul são utilizados pelos barcos à vela.
O Vento Noroeste, continental, é o mais forte dos três em velocidade e é seguido por chuvas fortes, consequentemente é o mais temido por pescadores e velejadores.
Conforme anunciado pela Defesa Civil, alterações climáticas ocorridas no Litoral Norte, principalmente próximas ao Canal de São Sebastião, às vezes chegam lentamente e encontram formações de nuvens que se alojam no topo da Serra do Mar.
Associadas à velocidade dos ventos, as frentes frias se dissipam em fortes rajadas de vento e tempestades, principalmente durante o período do Verão.
Enquanto frentes frias polares implicam em não muito mais que apenas redução de temperatura durante o ano, no Verão, seu encontro com a evaporação pode trazer acúmulo de nuvens verticalmente, Cumulus Nimbus, concentrando as ocorrências de chuvas.
Para atenuar os estragos e riscos que as chuvas trazem anualmente ao Litoral Norte, três medidas são essenciais e deveriam fazer parte do Plano Diretor que possui vários estudos em andamento.
Proteção da região de Anfiteatro – Contrafortes da Serra do Mar – com inclusão de novas áreas de amortecimento, além de ampliação das existentes. Como resultado, a proteção ambiental da região transitória do relevo entre Serra do Mar e Planícies Litorâneas poderá reduzir ou impedir o deslizamento de terras, além de prevenir riscos às construções, que ficariam mais distantes.
Proteção e ampliação das Matas Ciliares de forma a absorver o transbordo das calhas dos rios e riachos durante o aumento da vazão ocasionado pelas chuvas, tendo como base os picos pluviais.
Proteção do tecido urbano com previsão de limites demográficos para cada área urbana, redução adequada da impermeabilidade do solo através de imposições às áreas construídas, adoção de novas técnicas construtivas para os arruamentos e passeios e manutenção das matas de planície remanescentes.
Mais parcimônia quanto à utilização do uso do solo é o que os sussurros dos Ventos Litorâneos parecem preconizar.
O Tempo e o Vento é um série literária de romances históricos publicados entre 1949 e 1962 por Érico Lopes Veríssimo.
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José Alencar Galvão de França
