O épico “Guerra e Paz” de Leon Tolstoi é um dos grandes exemplos e modelo de fusão de acontecimentos históricos com narrativas e personagens imaginários. Para alcançar o sucesso no sentido de unir ficção e história, personagens reais e verossímeis, Tolstoi mantém a dinâmica dos eventos históricos enlaçados com a vida dos personagens imaginários.
Um exemplo de texto moderno que surpreende pela verossimilhança e informações jornalísticas corresponde ao romance “O Dossiê Odessa” de Frederick Forsyth. O autor conquista o leitor através de um fio condutor carregado de perigo e suspense.
Tanto “Guerra e Paz” quanto “O Dossiê Odessa” refletem, entre outras observações, a luta pelo poder, militarmente ou burocraticamente.
Parece inimaginável a criatividade dos ditadores e dos regimes totalitários com o objetivo de se sobreporem aos seus adversários. Qualquer sinal de discordância faz com que os ditadores reduzam as soluções ao absurdo e impensável, o que pode significar a volta do Gulag.
Nos países de regime democrático, os sinais de iniciativas ditatoriais são menos evidentes, mas não imperceptíveis.
No Brasil, por exemplo, o artigo 37 da Constituição determina que “a administração pública” deve obedecer ao princípio da impessoalidade, o que frequentemente tem sido violado nas indicações às vagas de ministros da Suprema Corte.
Almejamos e contamos com um sistema judiciário apolítico e imparcial, mas infelizmente, nos deparamos com o Supremo Tribunal Federal cada dia mais politizado.
Tornam-se frequentes ausência de declaração de impedimento ou suspeição em casos em que os próprios ministros estão envolvidos.
O Supremo Tribunal Federal muitas vezes decide de forma personalista, passando ao largo da jurisprudência e das doutrinas jurídicas. Em outras palavras a mais alta corte da magistratura nacional está deixando de ser um órgão jurídico e se transforma cada dia mais em uma plataforma política, abandonando a imparcialidade e preceitos democráticos.
