A Suécia é o país sede da Regata Volvo The Ocean Race, sucessora da Regata Volta ao Mundo Whitbread.
Em Fevereiro de 1998, São Sebastião foi uma das escalas da regata, tendo a presença da Rainha da Suécia. A Marinha Brasileira forneceu suporte e enviou uma embarcação para auxiliar o evento. Em 2023, foi a vez de Itajaí, Santa Catarina, ao lado do Balneário do Camboriú.
Poucos barcos, grandes equipes. Inicialmente, o design dos barcos não era uniforme, mas havia regras rígidas para medição. Na penúltima The Ocean Race, resolveram inovar e encomendaram um projeto para uma das mais respeitadas empresas de design náutico: Bruce Farr Yatchs.
As regatas percorrem aproximadamente dez seguimentos com distâncias variadas. Na edição de 2023, os velejadores, orientados pelo GPS, enfrentaram três cabos em sequência: Cabo Horn, Cabo da Boa Esperança e Cabo Leeuwin na Austrália, o que significa semanas inteiras no Oceano Antártico, o mais inóspito e mais desafiador.
Aliás, a regata é um grande desafio para cada velejador. Além das longas distâncias, há competições nos portos de passagem, de forma que o público possa ter uma noção aproximada do manejo e da velocidade das embarcações.
No Litoral Norte, a competição local ocorreu no Canal de São Sebastião, e o público pode acompanhar a partir das praias da Ilhabela. A região do Litoral Norte tem forte tradição em Vela Oceânica: Ilhabela, além de ostentar o título de Capital da Vela, sedia inúmeras regatas durante o ano, como a Semana de Vela no mês de Julho.
Em 1986, o publicitário francês Lionel Péan liderou a tripulação do veleiro francês “L’Esprit d’Équipe”. O escritor-velejador Daniel Hirsch, um dos tripulantes da embarcação narrou em um livro que se tornou um dos mais lidos sobre Vela Oceânica. A publicação tem o mesmo nome da embarcação, “Espírito de Equipe” em português.
Hirsch conseguiu sintetizar os acontecimentos que levaram à vitória da equipe: a compra de um barco já existente, a formação da tripulação, ajustes do barco, preparação, erros e acertos, disputas e desafios.
O livro se tornou interessante não somente pela emoção, mas pelas lições que ensina: ter contato com os acontecimentos que levaram o “Espírito de Equipe” à vitória valem por um M.B.A.
Desde a trajetória do barco à perseverança e obstinação da tripulação é possível extrair elementos para enfrentar outras atividades em nossas vidas.