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quarta-feira 27 novembro 2024
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GPS – Economics

Depois de terminar a graduação em Chicago, Paul Anthony Samuelson obteve um título de Mestrado e um título de Doutorado na Universidade de Harvard, Boston.
Enquanto estava em Harvard, foi aluno de Joseph Schumpeter e conviveu com grandes economistas, inclusive do Massachussetts Institute of Technology.
Sua tese de doutorado ganhou o prêmio David A. Wells, em 1941, com o título “Fundamentos da Economia Analítica”. Ela se tornou uma de suas obras mais importantes. Porém, seu trabalho mais conhecido foi publicado em 1948 e se tornou desde então o principal texto a tratar dos princípios nos cursos de economia. O texto de Samuelson tem sido revisado e editado pelo professor William Nordhaus.
Em 1970, Samuelson foi o primeiro norte-americano a receber o Prémio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, fato que ocorreu na segunda edição do evento.
Até John Maynard Keynes, os estudos de Economia ainda não se dividiam em Macroeconomia e Microeconomia. Com a Depressão dos anos 30, os estudos de Keynes ficaram valorizados pela abordagem do tema em que trata de intervenção econômica.
A partir de Samuelson, a Economia Contemporânea pode ser compreendida como uma espécie de síntese entre a Microeconomia Neoclássica e a Macroeconomia elaborada por Keynes.
Para que seja possível entender a preocupação de Keynes sobre Gastos do Governo, lembramos a identidade fundamental da Macroeconomia que consiste em uma relação onde a renda (ou produto, ou despesa agregada) é igual à soma do consumo, investimentos, gastos do governo e o saldo entre exportações e importações do país onde o consumo são todos os bens e serviços comprados pelas famílias:
 Y = C + I + G + (X – M)
Em 2006, outro norte-americano recebeu o Prêmio Nobel de Economia: Edmund Strother Phelps.
Argumenta Phelps que o “desenvolvimento de uma economia não deve ser medido apenas por sua taxa de crescimento, mas também por seu dinamismo e por seu trabalho em inclusão social”.
Nos anos 70, o Brasil vivenciou o que ficou denominado como milagre econômico, decorrente sobretudo dos investimentos dos governos militares em infraestrutura.
Recentemente, o Nacional-Desenvolvimentismo trouxe de volta o intervencionismo estatal em infraestrutura.
Pela visão de Keynes, a intervenção estatal deve durar apenas um período determinado de tempo e sua persistência poderá trazer problemas de outra ordem, concentrando o capital nas mãos do governo.
Complementa Phelps sobre os Gastos do Governo que o dinamismo de uma sociedade não conflitua com a capacidade de inclusão das pessoas, mas, pelo contrário, é complementar, em texto publicado pelo jornal “O Estado de São Paulo”.
Phelps conclui que o excesso de subsídios de caráter social são muitas vezes uma forma populista para “subornar” a população, ao invés de efetuar desenvolvimento com dinamismo, educação e inovação.
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José Alencar Galvão de França, graduado em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Master in Business Administration pela Ohio University e Master in Business Economics pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.