Não existem registros definitivos sobre a origem da raça de cavalos denominada Akhal Teke. Entretanto, algumas informações são alinhadas: a espécie vivia nas areias do deserto e foi desenvolvida pelo povo nômade Akhal Teke.
Pelas adversidades, os animais mais fortes e resistentes foram selecionados naturalmente o que acabou delimitando e aperfeiçoando a raça. Presume-se que a pelagem predominantemente dourada favoreceu a adaptação dos cavalos nas areias do deserto.
Os primeiros Akhal Teke surgiram no Turkmenistão. A tribo Teke utilizava os cavalos para invadir outros territórios. Akhal é uma referência a oásis.
Em 1881 a região foi dominada pelo Império Russo, que logo notou a velocidade e resistência dos Akhal Teke. A criação dos animais se expandiu para as regiões vizinhas, incluindo a China.
Muito provavelmente, Bucéfalo, o cavalo de Alexandre Magno era um precursor dos Akhal Teke.
Bucéfalo, o cavalo mais importante da História cavalgou por extensas distâncias entre a Macedônia, Ásia Menor, Mesopotâmia e Egito.
A morte de Bucéfalo é um fato lamentável e covarde e pode ser visto como uma metonímia para a incompreensão do período em que viveu.
Após sofrer várias tentativas de invasão pelo Império Persa e outros povos, as Cidades-Estados do que hoje chamamos Grécia lutaram entre si por hegemonia: Atenas, Esparta e Tebas.
O professor Michael Scott traça, em termos simples, em seu livro “Dos Democratas aos Reis” os principais pontos das transformações que a região próxima ao Mediterrâneo Oriental sofreu em poucas décadas, mas cujo resultado final definiria os padrões que o Ocidente adotaria a partir de então.
O principal ponto de inflexão diz respeito à incapacidade de Atenas ao tentar liderar as Cidades-Estados. Em 404 a.C., devastada por Esparta após uma longa e desnecessária guerra, por alguma sobrevivência, Atenas, símbolo permanente do mais alto desenvolvimento político até então alcançado pela Humanidade “desembainha sua espada” ferindo antes sua própria concepção de Filosofia. Regras são deixadas de lado e episódios turbulentos se sucedem.
Em 323 a.C., menos de cem anos depois da queda de Atenas, as Cidades-Estados e toda a margem do Mar Mediterrâneo Oriental e grande parte dos territórios vizinhos estão sob as rédeas de Alexandre, um cavaleiro que teve instrução dirigida por Aristóteles, mas se torna um monarca absoluto, mestre e modelo para os déspotas dos milênios subsequentes.
Alexandre, deixou uma marca: o período foi denominado Helênico a partir dele. Reflexos do modelo político adotado por Alexandre deveriam ser mais amplamente debatidos e compreendidos.
O livro “Dos Democratas aos Reis”, do original em inglês From Democrats to Kings foi publicado em 2009 e possui como principal qualidade traduzir em linhas simples a saga de Alexandre, sem entretanto fazer comparações com outras épocas e outras opções de governo.
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José Alencar Galvão de França, formado em Direito pela USP, especialista em Direito Administrativo pela USP e especialista em Direito Romano pela Universidade de Roma “La Sapienza”.