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sábado 23 novembro 2024
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GPS – A Bienal de São Paulo

Localizado no Parque do Ibirapuera, o edifício-sede da Bienal Internacional de São Paulo foi projetado pelo Arquiteto Oscar Niemeyer e através de suas vidraças é possível observar a arborização do entorno, levada a efeito pelo Paisagista Burle Marx.
Tudo é muito simples, tanto as construções quanto o paisagismo. O Parque, localizado em um terreno antes alagadiço, recebeu árvores que não são nativas do Brasil: eucaliptos e figueiras. O resultado, entretanto, surpreende: os eucaliptos são altos e delimitam os jardins. As figueiras, dispostas em linha ao fundo da Praça da Paz, oferecem uma sombra densa aos visitantes.
O Parque do Ibirapuera abriga o Viveiro Municipal Manequinho Lopes, que fornece as milhares de mudas anuais que são plantadas pela cidade.
Além de descobrir os vários panoramas dos jardins de Burle Marx, o visitante da Bienal de São Paulo transpõe os pavimentos através de rampas, sendo que a principal é a marca da edificação. Parece ser o centro urbano do Parque: instigante, convidativo, uma obra de arte por si só, quase um monumento que assegura que ali é o percurso principal, o lugar principal, lugar de passagem e ao mesmo tempo, de contemplação.
Com a mudança do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, filhote milionário da Fundação Bienal de São Paulo, as exposições alcançam todo o espaço necessário para qualquer projeto curatorial.
O MAC USP anteriormente ocupava parte do último pavimento do pavilhão da Bienal e o pavimento térreo da Reitoria no Campus e hoje ocupa todos os seis pavimentos do prédio vizinho, também projetado por Niemeyer, antes utilizado pelo DETRAN.
Enquanto São Paulo detém a exposição de arte mais complexa e completa do planeta, Veneza surpreende pela Bienal de Arquitetura.
Inicialmente, dirigida pelo Arquiteto Aldo Rossi, paradigma da Pós-Modernidade, a Bienal de Veneza revitaliza e renova os conceitos construtivos e espaciais das últimas décadas.
A própria cidade encomenda projetos e soluções através das proclamas de sua Bienal. A Ponte Dell’Accademia foi reconstruída sobre o Grande Canal, sem seguir os padrões venezianos, mas o projeto em madeira que foi levado a efeito no local.
O Mercado de Rialto e o Museu Peggy Guggenheim também foram contemplados por novas propostas.
Além do arquipélago, a cidade de Palmanova, ao norte de Veneza, recebeu dez projetos da Bienal de Veneza para a sua praça principal.
Palmanova, cidade-fortaleza renascentista quase intacta, foi construída para conter invasões de países vizinhos, como a Áustria. Possui um traçado urbano em círculos radiais que cruzam vias que partem do anel viário da praça central e duas sequências de muralhas em formato de estrela.
A Bienal de São Paulo, iniciativa de Ciccilo Matarazzo, teve sua primeira exposição na Avenida Paulista, onde posteriormente foi construído o Museu de Arte de São Paulo, edifício projetado pela Arquiteta Lina Bo Bardi. A primeira exposição Bienal recebeu a  pintura “Guernica” de Pablo Picasso.