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quinta-feira 21 novembro 2024
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Governo anuncia Casa Verde e Amarela, mas mercado quer teto intacto

Nem mesmo o aceno de “paz” nas relações entre China e Estados Unidos foi o suficiente para embalar o mercado financeiro nesta terça-feira (25). Preocupado com a questão fiscal, o Ibovespa perdeu o fôlego após a abertura do mercado e fechou o dia em queda.

O receio de que o teto de gastos não seja respeitado veio com o adiamento do Big Bang Day, que estava previsto para esta terça. Um dos pontos que deixa o mercado temoroso é a quantia a mais que o governo destinará ao auxílio emergencial.

Além disso, entre os projetos que serão anunciados dentro do pacote econômico batizado de Pró-Brasil, estão obras públicas, privatizações, concessões e programas de inclusão social, como o Renda Brasil, que deve substituir o Bolsa Família.

E, se o pacote de Guedes teve que esperar, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, seguiu com seus planos. Na tarde de hoje, o governo anunciou o programa Casa Verde e Amarela, que substituirá o Minha Casa Minha Vida. A expectativa é de atender 1 milhão de famílias.

Outra notícia que repercutiu entre o mercado foi a ampliação da Medida Provisória de redução de jornada e de salário. O prazo para as empresas adotarem a medida subiu de quatro para seis meses.

E, em ato publicado no Diário Oficial da União, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que desobriga empresas do setor de turismo e cultura de reembolsar consumidores quando eventos cancelados pela pandemia forem remarcados ou for disponibilizado crédito para compras futuras.

Mas, afinal, o que é o teto de gastos, que tem preocupado tanto o mercado? A repórter Juliana Elias explica em detalhes a regra de 2016 que criou mecanismos para limitar o crescimento das despesas do governo federal.

Críticos e defensores também comentam a aplicação do teto de gastos, cujo descumprimento chegou a ser cogitado pelo presidente Jair Bolsonaro, acalorando o debate e mexendo com a bolsa.