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sexta-feira 15 novembro 2024
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Giramundo – Uma era de desconforto social, político e emocional para o trabalho

Neste último quartel de século, precisamos buscar mais conceitos sobre a sociedade que desponta através das mídias sociais, considerando todas as premissas que envolvem a fé e a razão. Não há mundos, há um mundo só, assim como não existem raças humanas, existe a raça humana e quem vê de outra forma desconsidera qualquer conceito de humanidade. Quem destrói a terra não terá outro lugar para viver e, mesmo que tenha muito dinheiro, quando não houver alimento não haverá vida, então é preciso uma divisão mais equitativa das riquezas, para que todos possam viver bem.
A concentração cada vez maior da renda só distancia a sociedade da sua relação com o trabalho, que tem sido o fulcro principal da exploração, pois quem tem muito dinheiro só acumulou vultosa quantia com a exploração do trabalho e o empobrecimento das massas. Todas as riquezas existentes no mundo são fruto do trabalho e, mais nada existe sem trabalho, e aqueles que não trabalham precisam do trabalho dos outros seres humanos. Toda vez que observo as estatísticas sobre acúmulo de riquezas no Brasil, observo que o desemprego, a miséria, a falta de saúde e muitas outras coisas mais são frutos da desqualificação das massas trabalhadoras que,, no dia a dia, tem que ir em busca do trabalho duro nas linhas de produção, nos campos, nas hortas, nos currais ordenhando animais para abrir espaço para produção de derivados, enfim há uma gama de setores que só existem porque há produção e para haver produção é preciso trabalho. A riqueza de um povo e o seu trabalho e a saúde, a educação, a segurança de seus trabalhadores, pois nenhum país ou nação se faz sem povo.
Os organismos internacionais que discutem a regulamentação do trabalho pelo mundo afora sempre dão uma ideia de como a exploração sobre os trabalhadores é um fator de concentração de renda e riqueza. O valor do trabalho é mensurado de acordo com a sua qualidade técnica, científica e a sua importância dentro da sociedade. Um exemplo é o dono da Ambev que está entre os mais ricos do país, com seus capitais investidos no mundo inteiro – se ele não tiver trabalhadores para fazer suas máquinas produzir e nem trabalhadores para comprar seus produtos, essa riqueza e poder não servem a ninguém. Mas a pergunta que faço é porque esse ser acumulou tanta riqueza, enquanto seus trabalhadores, se comparados com suas posses, nada têm. Será que tanto egoísmo pode ser cristão? Não vejo nada de cristão nisso, vejo muita exploração e interferência na vida política do país, para ter leis a seu favor, garantida a exploração sobre o trabalho.
Isso é pior do que a Idade média, onde havia troca de mercadorias nas feiras, e parte da produção era voltada para atender aqueles senhores que não exerciam trabalho manual, mas tinham a obrigação de proteger os servos que estavam em suas terras.
Hoje, as coisas andam tão sem regras, que até igrejas buscam seus dízimos no quinto dia útil, ou seja, o dia em que maioria dos assalariados recebe seus proventos. Não podemos continuar no faz de contas, deixando – os serem explorados pelos donos do poder, depois pelos donos da fé que vendem seus milagres, coisificando Cristo e degradando a religião.
No o Brasil atual, o povo perdeu e continua perdendo até o direito de sonhar com uma vida melhor ou com um emprego que lhe dê dignidade para poder protagonizar na vida profissional e na busca de mais qualidade de vida e lazer. Vivemos uma inversão de valores, que só aprofundam as diferenças em todos os níveis da sociedade, com um Estado talhado pelos interesses ultra- neoliberais visando o politiquismo alvissareiro dos que sempre lucraram com os frutos do trabalho, negando o trabalho com críticas sem fundamentos, inclusive com ministros de estado dizendo que até empregada doméstica aproveitou o dólar barato para viajar para a Disney. Isso não é um absurdo, se olharmos o mundo do ponto de vista de quem falou : é só observar o lado que ele está defendendo que saberemos a origem do seu discurso e onde quer chegar, ocupando o cargo de serviçal dos donos do poder e o avanços da guerra híbrida sobre a sociedade latino-americana e seus bens conquistados debaixo de muita luta e exploração, desde o período colonial.
Para encerrar fica uma perguntinha que pode incomodar muita gente mas precisa ser feita: será que estamos no pior do período colonial , em marcha para uma escravidão sobre o povo? Olhe e reflita sobre o que você discute e para quem você votou nas últimas eleições. Se você é povo, reflita mais ainda. Mas agora, de for público, é bom que acorde enquanto é tempo.