Em uma época em que a tecnologia domina grande parte de nossas atividades diárias, a Escola Newton Câmara Leal Barros proporcionou uma jornada pelo tempo através de seu sarau literário, realizado sob o tema “Monteiro Lobato critica o Romantismo”. O evento foi uma celebração empírica da literatura, que contou com a participação ativa de alunos, professores e gestores, criando uma ponte entre diferentes gerações e momentos históricos.
O sarau teve início com a leitura do poema “A Valsa”, de Casimiro de Abreu, um dos ícones do Ultrarromantismo brasileiro, estabelecendo o tom nostálgico do evento. Seguiu-se uma envolvente batalha de rimas entre os alunos Ângelo e Matheus, que reviveram a “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias, despertando nos presentes um saudosismo palpável.
Um dos momentos mais marcantes do sarau foi a recriação de um baile de valsa do século XIX, inspirado na obra “Senhora” de José de Alencar. Sob a luz de lanternas que imitavam os antigos lampiões, casais formados por estudantes como Nathan, Gustavo, Samira, e outros, dançaram ao som de valsas clássicas, transportando todos os presentes para uma outra era. A performance foi tão intensa e envolvente que, conforme relatado por espectadores, era quase possível “sentir” a presença palpável do outro.
Além das performances artísticas, o sarau também foi uma plataforma para discussões acadêmicas profundas. Júlio e Gustavo abordaram a terceira fase do Romantismo em suas falas, enquanto Mariane, Maria Paula e Maria Clara emocionaram a audiência com a declamação do poema “Navio Negreiro”. A análise crítica do “Mal do Século” foi explorada por Milena, João Vitor e Nicolas, culminando com Raquel e Tomaz, que encerraram o espetáculo destacando o papel de Monteiro Lobato como crítico literário, cujas caricaturas foram espalhadas pelo pátio escolar, criadas habilmente pelos alunos.
O sarau não apenas celebrou a literatura, mas também reafirmou a escola como um espaço de produção de conhecimento e prazer. Através deste evento, a Escola Newton Câmara Leal Barros reiterou a importância de vivenciar a literatura de maneira ativa, envolvendo-se na arte da palavra, que tanto inspira emoções quanto provoca reflexões. Este evento literário se tornou um marco na vida escolar dos participantes, evidenciando que, mesmo em um mundo digitalizado, o contato humano e a troca de experiências pessoais permanecem indispensáveis.
