Em dez dias, o combustível ficou R$ 0,49 mais caro, e o valor atingiu o mesmo patamar de julho de 2022; etanol teve alta de 2,06%
O preço médio do litro da gasolina saltou 6,1% nos postos do país nesta semana, após a volta dos impostos federais, em 1º de março. O valor passou de R$ 5,25 para R$ 5,57, mesmo patamar de julho de 2022.
A informação é do levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) realizado entre os dias 5 e 10 de março e divulgado nesta sexta-feira, 10.
O etanol também registrou aumento de 2,06%, passando de R$ 3,88 para R$ 3,96 — alta de R$ 0,08, ou 2,37%. Já o diesel recuou pela quarta semana seguida, indo de R$ 6,02 para R$ 6 — queda de 0,33%.
Na semana anterior, o aumento gasolina havia sido de 3,35%, ou R$ 0,17, abaixo da previsão do governo, de R$ 0,34. Mas, com a nova alta, de R$ 0,32, o valor total de reajuste já ultrapassa a estimativa inicial, chegando a R$ 0,49 em dez dias. O etanol teve avanço de R$ 0,17 no mesmo período.
Os dois combustíveis voltaram a ter cobrança das alíquotas de PIS e Cofins no dia 1º de março. A reoneração foi de R$ 0,47 na gasolina e de R$ 0,02 no etanol. Já o diesel e o gás de cozinha continuam com os tributos zerados até dezembro deste ano.
Em 1º de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia editado uma MP para prorrogar a desoneração. A medida foi adotada inicialmente por seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), em 2022, na tentativa de conter a escalada de preços nas bombas em ano eleitoral. A desoneração expirou no dia 28 de fevereiro.
A gasolina mais cara do país foi encontrada em São Paulo, a R$ 7,19 o litro, e a mais barata, em Vitória de Santo Antão (PE), a R$ 4,58 por litro, de acordo com o levantamento da ANP.