A cantora e compositora Gal Costa, uma das principais artistas da música popular brasileira, morreu na manhã desta quarta-feira, 9, aos 77 anos, na cidade de São Paulo.
A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista e até o momento, a causa da morte é desconhecida.
A artista se apresentaria no último fim de semana no festival Primavera Sound, na cidade de São Paulo, mas teve sua participação cancelada, assim como outras apresentações previstas para o mês de novembro.
No mês de setembro, Gal Costa passou por uma cirurgia para retirada de nódulo na fossa nasal direita, mas não há qualquer confirmação que o procedimento esteja ligado à morte da cantora.
A trajetória de Gal Costa
Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945, em Salvador, na Bahia.
Na adolescência, trabalhou na loja de discos do jornalista Roni, um ofício que a permitiu conhecer todas as novidades musicais da época e que contribuiu para potencializar seu sonho de infância de se tornar cantora e que a tornou fã da bossa nova.
Tornou-se amiga, ainda adolescente, de Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, com quem integraria o grupo conhecido como Doces Bárbaros.
Sua estreia como cantora aconteceu em junho de 1964, no show “Nós, por exemplo”, que marcou a inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador, atuando ao lado de Caetano Veloso, Tom Zé, Maria Bethânia, Djalma Correa, Alcivando Luz, Pitti, Fernando Lona e Gilberto Gil. No mesmo ano, o grupo ainda apresentou, no mesmo teatro, o show “Nova bossa velha, velha bossa nova”.
Ícone do movimento conhecido como “Tropicália”, Gal participou do álbum com o mesmo nome, ou Panis et Circencis. Em 1971, ela protagonizou um dos espetáculos mais marcantes da MPB, intitulado Fa-Tal.
Em 1977, o LP “Caras e bocas”, que incluiu a canção “Tigresa”, do cantor Caetano Veloso, marcou sua carreira pelas excelentes críticas. Em 1980, ganhou seu terceiro Disco de Ouro, com o LP “Aquarela do Brasil”, no qual gravou somente músicas de Ary Barroso.
A partir da segunda metade dos anos 1990, Gal Costa passou a reler suas antigas gravações.