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domingo 24 novembro 2024
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Fluido Vital

• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista Virtual O Consolador
O que é fluido vital?
Para responder vamos recorrer ao Vocabulário Espírita que compõe uma das páginas deste Portal (O Consolador). Para acessá-lo, basta clicar no link de mesmo título que se encontra à esquerda em todas as páginas desta revista.
Dizemos isto porque o leitor talvez não tenha percebido a existência desse Vocabulário, que pode ser muito útil na solução de dúvidas de igual natureza.
Fluido vital – que segundo João Teixeira de Paula é o mesmo que princípio vital – é o princípio orgânico que tem por fonte o fluido universal e que tem a propriedade de animar os seres vivos. Conforme as questões 64 e 65 d´O Livro dos Espíritos, fluido vital, fluido magnético e ou fluido elétrico animalizado são termos equivalentes.
Fluido universal, ou plasma divino, hausto do Criador, é o elemento primordial em que vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres. Segundo a questão 27 da obra fundamental do Espiritismo, desempenha ele o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, que é por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela.
Embora seja correto classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conhecemos uma parte mínima. O fluido universal é, enfim, o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.
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Para onde vai o fluido vital após a morte do corpo físico de uma pessoa. Ele regressa ao espaço cósmico ou acompanha o perispírito, até desaparecer?
Há interessante informação quanto a esse assunto através da resposta dada pelos imortais à questão nº 70 d´O Livro dos Espíritos, na qual se lê que – após a morte dos seres orgânicos – a matéria inerte que os constituía se decompõe e vai formar novos organismos e o princípio vital “volta à massa donde saiu”.
É preciso entender, inicialmente, que fluido vital e princípio vital são expressões equivalentes (cf. Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo, de João Teixeira de Paula, vol. III, pág. 75).
Nas demais obras de Kardec pouco, porém, se acrescentou à informação de que com a morte corporal o princípio ou fluido vital “retorna à massa”.
É na obra de André Luiz que encontramos algo mais sobre o assunto, como o leitor pode verificar no livro Obreiros da Vida Eterna, cap. 13, pp. 209 a 212, cujo estudo vem sendo feito nas edições semanais desta revista.
Nesse livro André Luiz descreve o trabalho realizado pelo instrutor Jerônimo para a liberação da alma de Dimas. O serviço abarcou três regiões que o instrutor considera fundamentais no processo de liberação do desencarnante: o centro vegetativo, ligado ao ventre, sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax, e o centro mental, situado no cérebro.
Logo que Jerônimo concluiu a operação sobre a primeira região, uma certa porção de substância leitosa extravasou do umbigo, pairando em torno. Em seguida, depois de operar sobre a região do tórax, nova cota de substância desprendeu-se do corpo. E, na última etapa do processo, finda sua atuação sobre o cérebro de Dimas, uma brilhante chama violeta-dourada desligou-se da região craniana e absorveu, instantaneamente, a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada das duas primeiras regiões. Era difícil, segundo André Luiz, fixá-la com rigor porque as forças eram dotadas de movimento plasticizante.
Estaria ele aludindo ao fluido vital que dali se exteriorizara para “voltar à fonte”? Sinceramente, não o sabemos.