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segunda-feira 25 novembro 2024
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Finados: o dia do nascimento para a vida eterna

A morte não se apresenta como a destruição do homem, e sim como trânsito, aliás, nascimento para a verdadeira vida, a vida eterna. “Sabemos – escreve São Paulo – que quando se desfizer a tenda desta habitação terrena, receberemos uma habitação eterna de Deus nos céus” (2 Cor 5,1).
Dissolver-se-á o corpo, tenda terrena, mas viverá o espírito junto de Deus até que, no fim dos tempos, também ressurjam os corpos por virtude de Cristo que declarou: “Esta é a vontade de meu Pai, que todo aquele que… crê no Filho tenha a vida eterna e eu o ressuscitarei o último dia” (Jo 6,40).
Peregrinos na terra, defuntos estamos todos a caminho da ressurreição final que nos tornará plenamente participantes do mistério pascal de Cristo. Enquanto não chega a ressurreição, rezemos uns pelos outros e sobretudo ofereçamos sufrágios pelos nossos mortos “santo e salutar é o pensamento de rezar pelos defuntos para que sejam libertados de seus pecados” (2 Mc 12,46).
Para quem creu em Deus e o serviu durante esta vida, a morte não é um caminhar para o nada e, sim, para os braços de Deus. É encontro pessoal com o Senhor para viver “junto dele no amor” e na alegria de sua amizade. Portanto, o cristão autêntico não teme a morte. Considerando que enquanto vivemos neste mundo “estamos exilados longe do Senhor”, o cristão repete com São Paulo prefiro “sair do corpo para ir habitar junto do Senhor” (2 Cor 5,6, 8).
Não se trata de exaltar a morte, mas de vê-la qual realmente é no plano de Deus: o dia do nascimento para a vida eterna. Está visão serena e otimista da morte baseia-se na fé em Cristo, já que pertencemos a ele. Pois disse Jesus: “A vontade daquele que me enviou é que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia” (Jo 6,39).
Se aceitarem ser propriedade de Cristo e a viverem com a fé e as obras segundo o Evangelho, podem viver certos de estar enumerados entre “os dele” e, como tais, ninguém, nada os poderá arrancar das mãos de Jesus, nem a morte. “Quer vivamos, quer morramos, somos do Senhor”, exclama o Apóstolo (Rm 14,8).

 

Por José Pereira da Silvaprofessor