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quarta-feira 27 novembro 2024
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Fibria encerra primeiro trimestre com margem ebitda recorde para o período de 55%, queda da alavancagem para 2,02 vezes em dólar e segunda fábrica de Três Lagoas (MS) atinge 90% da curva de aprendizado

Produção de celulose foi de 1,588 milhão de toneladas no primeiro trimestre de 2018, aumento de 32% sobre o mesmo período de 2017;
A Fibria registrou no primeiro trimestre do ano uma produção de 1,588 milhão de toneladas, aumento de 32% na comparação com o mesmo período de 2017. Esse crescimento decorre da entrada em operação da segunda fábrica da companhia em Três Lagoas (MS), que atingiu 90% de sua curva de aprendizagem, com a produção de 449 mil toneladas de celulose no primeiro trimestre do ano. O aumento na produção compensou as paradas programadas ocorridas no período, bem como a redução de produção da unidade de Aracruz (ES), conforme planejado.
De janeiro a março deste ano, as vendas de celulose somaram 1,591 milhão de toneladas, crescimento de 22% em relação aos primeiros três meses do ano passado. Apesar de ser um período de demanda tradicionalmente mais fraca, essa sazonalidade não foi percebida e o mercado de celulose continuou apertado no primeiro trimestre, com os estoques dos produtores de papel e celulose abaixo da média. Além disso, a combinação de paradas de produção não programadas com outras paradas previamente agendadas levaram a uma redução da produção mundial de celulose de fibra curta de cerca de 660 mil toneladas no primeiro trimestre do ano. Esse cenário suportou a implementação, a partir de 1º de fevereiro, do primeiro anúncio de aumento de preços feito pela Fibria – de US$ 30 por tonelada na Europa e América do Norte, e US$ 20 por tonelada na Ásia – neste ano.
“Nossa segunda fábrica em Três Lagoas segue com um excelente ritmo de evolução na curva de produção, bem acima do projetado inicialmente. Esse novo volume de celulose que chega ao mercado tem sido absorvido por uma demanda que permanece aquecida em todas as regiões. Nossa perspectiva para os próximos meses do ano permanece positiva”, afirma o presidente da Fibria, Marcelo Castelli.
Em função do maior volume de vendas e de um aumento de 42% no preço médio líquido da celulose em dólar, a receita líquida da Fibria totalizou R$ 3,693 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 78% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Nos primeiros três meses do ano, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ajustado foi de R$ 1,824 bilhão, crescimento de 183% em relação ao registrado no mesmo período de 2017. Já a margem Ebitda, excluindo as vendas de celulose da Klabin, ficou em 55% e contribuiu para um lucro líquido de R$ 615 milhões de reais, 87% maior que o acumulado no primeiro trimestre do ano passado.

A Fibria registrou, no primeiro trimestre de 2018, custo caixa de produção de R$ 708 por tonelada de celulose, 6% inferior em relação ao mesmo período de 2017. Essa redução ocorreu, principalmente, em função da entrada em operação da segunda linha de produção em Três Lagoas, impactando positivamente o custo com madeira, a redução de custo fixo e maior resultado com venda de energia. Excluindo o efeito das paradas programadas ocorridas no primeiro trimestre, o custo caixa de produção foi de R$ 626 por tonelada, 8% inferior ao mesmo período de 2017.

A dívida líquida da Fibria alcançou R$ 12,774 bilhões no final de março (equivalente a US$ 3,843 bilhões), um pequeno incremento de 4% em relação ao final do ano passado em função dos pagamentos referentes ao projeto Horizonte 2 e das liquidações antecipadas de dívida efetuadas no trimestre. Entretanto, a relação dívida líquida/Ebitda caiu para 2,02 vezes, em dólar, e para 2,08, em real. A título de comparação, no primeiro trimestre do ano passado essa relação era de 3,79 vezes, em dólar, e de 3,63 vezes, em real.

“A Fibria segue seu processo de redução de alavancagem em ritmo acelerado e ainda mantém uma posição de caixa acima dos R$ 6,1 bilhões. A trajetória de desalavancagem, que começou antes do início da operação do projeto Horizonte 2, e a perspectiva de que ela deve continuar em queda com a evolução da nova linha de produção de Três Lagoas, demonstram a forte capacidade de geração de caixa da companhia”, diz o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Fibria, Guilherme Cavalcanti.

Conforme Fato Relevante divulgado em 16 de março, os acionistas controladores da Fibria – Votorantim S/A e BNDESPar (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Participações S/A) – assinaram um acordo com a Suzano Holding S/A e com os demais acionistas controladores da Suzano Papel e Celulose S/A para combinar as operações acionárias da Fibria e da Suzano por meio da realização de uma reorganização societária. Até a data da consumação da operação, que depende da aprovação dos órgãos regulatórios, Fibria e Suzano permanecem operando de forma independente.