Uma das novidades apresentadas pelo Instituto H&H Fauser (IHHF), organizador do 13º Festival Gastronômico do Cambuci e Outras Frutas Nativas, foi o lançamento regional da programação do evento, ocorrido na última quarta-feira, 21, no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (PITSJC), junto ao Agropolo Vale.
O evento contou com a presença de diversos convidados, incluindo alguns dos pioneiros da Rota Gastronômica do Cambuci, que nesse ano comemora 15 anos, com direito a uma mesa de degustação, com uma variedade de produtos à base das frutas. Outra novidade desse ano é a mudança da data do evento, que anteriormente acontecia em agosto e que pela primeira vez será realizado em março – entre os dias 08 e 10 – , em plena colheita da fruta.
No evento de abertura compuseram a mesa a presidente do IHHF, Amely Fauser; a coordenadora de Projetos do PIT, Giane Santos; a diretora de Turismo de Paraibuna, Solange Barbosa – que falou em nome do prefeito, Victor Miranda – e o secretário de Urbanismo e Sustentabilidade de SJC, Marcelo Manara.
Amely Fauser destacou que o momento é para ser comemorado e falou de novas perspectivas para o evento. Historicamente, segundo ela, a Rota do Cambuci nasceu em Paraibuna, num workshop em 2008, quando o IHHF fazia parte do Conselho Consultivo do Parque Estadual da Serra do Mar, a partir de uma discussão sobre a ocupação da área de amortecimento do Parque. “Uma das propostas foi investir nas frutas nativas da Mata Atlântica”, disse.
Entre as novas ações e propostas que envolvem o evento e as frutas nativas, Amely falou da intenção de inserir o Festival no contexto da Região Turística Rios do Vale, como passo importante para torná-lo uma referência regional. “A ideia é trazer mais visibilidade à cadeia de valor das frutas nativas”.
O Festival Gastronômico do Cambuci tem o patrocínio da Caepa e Bananinha Paraibuna em parceria com o Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (PITSJC) e apoio institucional da Fundação Cultural Benedicto Siqueira e Silva, Prefeitura Municipal (Departamento de Turismo), Comtur, Instituto Auá, Senac (SJC), Sebrae, Atlas Florestal, Polícia Militar e CATI (Secretaria de Agricultura e Abastecimento SP).
PRONUNCIAMENTOS
Solange Barbosa falou da importância de reforçar a cadeia das frutas nativas e o seu potencial como produto turístico, mas sem olhar o cambuci, por exemplo, como uma fruta exótica. “Realmente é o momento de pensar os próximos 15 anos de uma forma diferenciada, focando no desenvolvimento do turismo rural tendo as frutas nativas como atrativo”, frisou.
A coordenadora de projetos do PIT, Giane Santos, falou sobre a iniciativa da abertura das portas para a agricultura familiar e ao se referir ao Festival do Cambuci, destacou que o momento fazia parte da missão do PIT. “Contem sempre com o Parque de Inovação Tecnológica e com a equipe do Agropolo Vale para as ações que forem desenvolver”, disse.
Marcelo Manara parabenizou o Instituto H&H Fauser pelos 18 anos de atuação e mencionou seu entusiasmo pelo projeto do Festival e da Rota do Cambuci. “Sou engenheiro agrônomo e antes de ser secretário, atuo no segmento florestal há mais de 30 anos, exclusivamente com florestas nativas e sempre acreditei no potencial da fruticultura nativa, mas ainda acho que precisamos de políticas públicas que estimulem o seu melhor aproveitamento econômico, com a força do Estado”.
