A vida humana proporciona um processo constante de aprender. Um processo que exige também a capacidade de desaprender como abertura a novos aprendizados.
É um processo que exige atenção, dedicação e sensibilidade diante das oportunidades que a vida proporciona. Como escreveu o escritor espanhol Antonio Gala (1930-2023): “Há uma infinidade de coisas, com as quais convivemos e até mesmo das quais vivemos cujos mecanismos, fins e possibilidades desconhecemos. A vida , por exemplo”.
Grande parte do aprendizado se dá de forma estruturada: família, escola, faculdade nas quais se transmitem conhecimentos e onde desenvolvemos habilidades. O aprendizado que acontece nos grupos sociais. E existe as aprendizagens informais que cada pessoa tem no decorrer de sua vida.
Nem todo aprendizado é agradável existe aqueles dolorosos em que a vida insiste a nos convidar a um olhar mais atento as decisões vitais. Encontrar um sentido a esse aprendizado seja agradável ou desagradável é um desafio pessoal e motivador.
Todos os aprendizados significativos são fundamentais quando assimilados no desenvolvimento humano particular de cada pessoa. O aprendizado dá a vida humana um toque e colorido especiais para que as pessoas não vivam como apenas “sobreviventes” na teia da vida.
Aprendemos de inúmeras maneiras como por exemplo com pessoas significativas e também muitas vezes com pessoas que encontramos no cotidiano. Aprendemos com as alternativas que no decorrer da vida eliminamos, o aprender com as encruzilhadas” da vida.
A vida na sua evolução pessoal exige ter os momentos de “desaprender” e criar novos olhares, são momentos terapêuticos. A sensibilidade de aprender novos olhares sobre si mesmo, sobre os outros e sobre a vida.
Aprender comporta algo que muitos esquecem que é buscar o que transcende o comodismo do olhar cotidiano. O que dá a existência humana uma densidade maior. É aprender a ter um humor transcendente, a se perdoar, a conviver com certas dores.
Aprender exige mente com lucidez, olhos atentos e abertos, consciência dinâmica e um coração oxigenado. É ter a capacidade e sensibilidade do “assombro” diante das realidades da vida. Ter consciência que é preciso adquirir novas ferramentas de aprendizagem.
O “desaprender” pode significar aceitar novos desafios tais como por exemplo a aposentaria, uma situação de enfermidade etc. A vida proporciona situações cotidianas que exige um refazer o modo de viver.
Aprender em meio a agitação e as tarefas cotidianas a dar espaço significativo a conexão com a transcendência.
Para aprender é fundamental ter olhos e ouvidos atentos à vida que acontece na teia do cotidiano!
Prof. José Pereira da Silva