O mundo está doente de egoísmo, de estultícia, de orgulho pessoal, familiar , comunitário. Com a pandemia de covid-19 muitos pensaram que o ser humana ficasse mais bons, mis humildes, mais irmãos. A situação levou muitos a reflexão séria. Quem é o ser humano? Quem sou eu? Que coisa é a pátria? Quanto amo a minha e a dos outros?
Eis que surge uma nova guerra. O que é a guerra? Decerto é destruição. De tudo, não só de coisas e de pessoas. É destruição de esperança.
Séculos de pensamento, de paciência, a procurar encontrar a indispensável maneira de viver juntos sem nos fazer mal, mas usufruindo dos sucessos, da beleza e da grandeza alheias, são varridos em poucas horas.
Porque a guerra diz respeito a todos, a quem vive em lugares onde mandam as armas e quem, no exterior deles, se ilude que se escapa impune.
A guerra diz incapacidade de diálogo. Incapacidade de sentir-se, se não irmão, pelo menos companheiro de viagem desta aventura única e preciosa que é a vida.
A guerra será sempre e apenas massacre inútil. A guerra – toda a guerra – sempre aportará às margens de um mar envenenado onde tudo está perdido.
A paz. Seja perseguida a paz. Procurada e retida. Só a paz é vida. Só a paz educa. A guerra destrói a possibilidade da convivência presente e futura. Destrói a educação das crianças, dos adolescentes , dos jovens. Com que coragem continuaremos a pedir aos pequenos para não agredirem e respeitarem os amigos, sobretudo os mais fracos?
Evitar que seres humanos de qualquer raça e condição de acabar sob o jogo absurdo, medonho e ilógico das armas.
E continuamos a acreditar mesmo quando os poderosos deste mundo, esquecendo o mandato recebido, e tapando os ouvidos aos gritos de medo daqueles sobre os quais exercem o poder, feitos prisioneiros dos orgulhosos interesses econômicos e políticos, deixam de escutar o grito dos pobres , que morrem.
Mesmo com a guerra estúpida, absurda e evitável acreditemos na paz, no poder do amor, do diálogo, da solidariedade e de ações humanitárias. A vida é única, preciosa e irrepetível deve ser protegida e promovida.
Prof. José Pereira da Silva