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sábado 16 novembro 2024
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Fé e Razão – Respeitar e promover a dignidade do ser humano

A consciência da dignidade de cada pessoa humana tem sérias implicações sociais, econômicas e políticas. Não podemos ser indiferentes nem individualistas. Todos são chamados dentro de suas possibilidades para resolverem os dramas da história.

Colocar suas capacidades como responsabilidades a serviço da humanidade. Existem patologias sociais amplas. Uma destas é a visão distorcida da pessoa, um olhar que ignora a sua dignidade e o seu caráter relacional. Muitas vezes o outro é olhado como objeto que se usa e se joga fora. Esse olhar fomenta uma cultura do descarte individualista, que transforma o ser humano num bem de consumo.

A indiferença e o individualismo são atitudes de brutalidade que atenta contra a harmonia individual e social. Devemos olhar os outros, as suas necessidades, seus problemas em espírito de comunhão e solidariedade.
Olhar o outro como próximo, não como um estranho, olhar com empatia e compaixão, nunca com desprezo.

Reconhecer em cada pessoa independente de sua raça, língua ou condição, a dignidade humana. A dignidade é inalienável, constitui o fundamento de toda a vida social. O outro exige um comportamento de atenção e de cuidado principalmente os que mais sofrem. Lutar contra as violações da dignidade humana.

Sem nos darmos conta, estamos a assimilar uma cultura do mercado, na qual o fator econômico passou a ser o referencial maior: de uma cultura de valores éticos e morais, para uma cultura do valor econômico; o bem maior parece ser a vantagem econômica, que tudo permite e legitima, amolecendo qualquer resistência do senso moral.

Tudo fica justificado se há vantagem econômica. Triste caminho!

É fundamental aprimora as relações humanas, dar relevo a uma dignidade maior no convívio social, uma valorização das pessoas, o respeito pela paz e pela justiça.
Infelizmente quando o ser humano é avaliado pela ótica da razão econômica, deixa de ser pessoa e torna-se objeto quantificável e descartável.

Fundamental sempre promover a dignidade da pessoa humana o que significa reconhecer que ela possui direitos inalienáveis de que não pode ser privada pelo arbítrio de alguém, e muito menos em benefício de interesses econômicos ou de poder.

Prof. José Pereira da Silva