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segunda-feira 23 dezembro 2024
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Fé e Razão – O processo de integração e responsabilidade na história pessoal

É fundamental conhecer a própria história pessoal e suas implicações no decorrer da vida de cada pessoa. Um olhar atento aos anos da infância e aos relacionamentos no núcleo familiar. São aspectos que influenciam o comportamento de cada pessoa. Não apenas viver porém é fundamental um olhar atento no como se constrói a própria vida de forma equilibrada.

Todo mundo tem um passado que chamamos de história pessoal. Essa história influencia nossa vida presente e futura. O desafio é revalorizarmos o passado pessoal e integrá-lo.

A história pessoal é sempre uma soma psicológica e vivencial que vamos acumulando no decorrer de nossa existência. Cada etapa da história pessoal é uma riqueza impar que precisa sempre revisitado e revalorizado.
Ver a história como algo cheia de valores que precisam ser repensados é uma forma de alguém aproveitar o passado. Muitas pessoas recusam o passado o que leva a uma certa “desorganização” e sentimentos negativos em relação a sua história passada.

A leitura da história pessoal deve ajudar na organização e integração da própria vida.

O passado deve ser trabalhado e integrado pois o passado é experiência pessoal. Essa experiência pessoal deve ser sempre resgatado. Somos responsáveis por nosso passado e nossa história de forma consciente ou inconsciente. Uma forma de revalorizarmos o passado e integrá-lo é reconhecer que somos responsáveis por ele apesar de todos os condicionamentos. Muitas pessoas ao olharem para seu passado confundem o todo com a parte. O que leve a pessoa a ter um olhar estreito do próprio passado. Ver o passado pessoal como uma fonte de nossa personalidade. Descobrir a fonte de nosso eu como passo para a integração.

Essa história pessoal é experiência de vida que deve ser integrada no presente. Exige o reconhecimento da história pessoal como minha e conscientizar-se da responsabilidade que tenho para com ela. Muita gente culpa outras pessoas pelo seu passado.

Quem não aceita seu passado para integrá-lo em sua vida passa a ter uma atitude de rejeição e agressividade para com seu passado. É ter a consciência de nossa responsabilidade com o passado que construímos quer gostamos ou não. Cada pessoa é responsável por seus atos inclusive os do passado. Devemos dialogar com fatos desagradáveis ou mesmo rejeitados. É preciso identificar fatos negativos e descobrir também aquilo que foi positivo. Os sentimentos devem ser sempre renovados numa nova perspectiva.

Assumir os atos é um caminho para o exercício da liberdade pessoal. Aceitar integrar o passado pessoal é um caminho de amadurecimento no presente. O neuropsiquiatra Viktor E. Frankl (1905-1997) ao tratar dos aspectos biológico, sociológico e psicológico da vida humana não os encaravam como obstáculos ao amadurecimento porém como oportunidades para construirmos uma personalidade integrada e rica. A liberdade nunca é totalmente condicionada.

Prof. José Pereira da Silva