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sexta-feira 29 novembro 2024
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Fé e Razão – O perigo da perda do sentido do absoluto

Quando lentamente vai se perdendo o sentido do absoluto, incapaz de criar, a cultura imediatamente, entra em processo de fragmentação e caotização naquilo que é chamado de relativismo: no qual tudo parece ser relativo e este é o novo absoluto.

O positivismo e o cientismo eliminam do horizonte humano tudo aquilo que ultrapassa os sentidos ou que não pode ser verificado experimentalmente.

No relativismo ético tem-se o eclipse do sentido moral e na negação de toda a norma ética transcendente.
Nada mais lhe resta do que ser o absoluto do caos. A saída do ser humano do centro de sentido do mundo corresponde a uma ferida que dificilmente é sarável na relação entre o mundo e o homem.

Essa cisão entre o ser humano e o mundo só pode ser restabelecida pela integridade do ser – através de Deus que é amor. Sem Deus, sem o Absoluto nada pode ter sentido absolutamente. Ambientes de impossibilidades de sentido. É o drama da modernidade a ausência de uma medida absoluta e transcendente ao movimento mundano.

A razão deve dialogar com uma concepção transcendente do homem. Não podemos nos satisfazer-nos com um progresso econômico ou científico que não se interrogue sobre o seu impacto sobre a humanidade.
Nenhum ato de violência traz consigo o amor. A violência destrói o amor. O amor constrói.
É fundamental que de toda ação humana deva emanar de atos de amor.

Amar significa também realizar o bem. Atos reveladores da grandeza humana, viver humanamente e dignamente, não como algo degenerado.

O sentido de entrega ao bem dos outros seres humanos revela a força do amor.
É desenvolver a capacidade humana de amar. A violência desumaniza e lentamente traz a morte da humanidade quando se faz dela um ato do cotidiano.

É fazer de cada ato de cada ser humano um ato de digna humanidade. Compete a cada pessoa escolher, decidir e realizar atos humanamente indignos ou humanamente dignos. Isso defino-nos antropologicamente.
Que cada cultura desenvolva as suas potencialidade, abrindo-se a um humanismo integral. Cada ser humano tem uma dignidade (ontológica) infinita, portador de sentido.

Não fomos feitos para um mundo só de objetivos materiais, a liberdade espiritual é fundamental. As pessoas precisam ter outra perspectiva sobre o homem, além da perspectiva material. O homem é um ser vivo dotado de espírito. As pessoas precisam saciar a sede de Absoluto.

Prof. José Pereira da Silva