O papel da consciência é fundamental na vida humana principalmente nas decisões do cotidiano. Formar a consciência é um processo importante na formação humana. A consciência humana sempre está diante de dilemas graves ou não. Muitas questões éticas não são tão claras e objetivas. Consciência rima com responsabilidade. A consciência bem formada sempre coloca-nos a exigência do fazer o bem. O escritor e dramaturgo espanhol Calderón de la Barca (1600-1681) escreveu: “Façamos o bem, porque Deus é Deus”.
Precisamos sempre exercitar a consciência juntamente com a responsabilidade. Diante de uma sociedade pluralista a exigência da formação da consciência torna-se maior pois estamos diante de muitas escalas de valor. Diante dessas questões nem sempre as respostas brotam de forma fácil.
Quando se fala em consciência e sua formação muitas vezes se esquece que a consciência quando reflete e busca soluções, ou seja, respostas, essas mesmas respostas determinam quem somos. Portanto pode servir como uma bússola para nos indicar que direção estamos tomando ou em que estamos nos tornando.
Nossas respostas ás questões cruciantes indicam muitas vezes se estamos nos humanizando ou ao contrário nos desumanizando.
Muitas decisões apesar de serem individuais possuem uma dimensão social, ou seja, repercutem em outras esferas da vida em sociedade. A consciência tem ad dimensões individual e comunitária.
A consciência nos alerta que aquilo que devemos fazer quando tomamos decisões parte daquilo que devemos com responsabilidade ser. A ética parte da realidade que constitui nosso ser enquanto pessoas.
Geralmente diante de grandes questões surge espontaneamente a questão o que devo fazer diante de tal situação? Porém a pergunta mais essencial seria nos perguntar o devo ser enquanto pessoa? Portanto a consciência diante da necessidade de respostas questiona o que é para nós a existência humana. Psicologicamente colocar a questão Quem sou eu?
A consciência se forma em relação aos nossos relacionamentos com Deus, com os outros e com toda a criação. Toda decisão tomada pela consciência influencia plasmando nosso ser.
Na Constituição Gaudium et Spes do Concílio Vaticano II diz : “ Na intimidade da consciência, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo. Mas a ela deve obedecer. Chamando-o sempre a amar e fazer o bem e a evitar o mal, no momento oportuno a voz desta lei lhe soa nos ouvidos do coração: faze isto, evita aquilo. Obedecer a ela é a própria dignidade do homem, que será julgado de acordo com esta lei. A consciência é o núcleo secretíssimo e o sacrário do homem onde ele está sozinho com Deus e onde ressoa sua voz” (n.16).
A consciência exige lealdade e responsabilidade!
Prof. José Pereira da Silva