É fundamental ao ser humano reentrar em si, voltar à interioridade diante do mistério de Deus e do mistério da vida.
É um dever sempre robustecer a interioridade de forma vivencial. Cultivar a experiência da relação com Deus e refletir sobre essa experiência.
Cada pessoa tem uma interioridade humana que não deve ficar em segundo plano em relação a exterioridade. Infelizmente em nossa sociedade atual muitas vezes a exterioridade assume o papel de destaque.
Quando a interioridade perde seu lugar essencial a vida vai perdendo sua vitalidade, sua coesão e vai abrindo espaço para desagregação existencial.
É fundamental sempre dar atenção e espaço ao crescimento interior para que a vida tenha alicerce e consistência. Dar espaço essencial a interioridade é se permitir reencontra-se na sua essencialidade. É trabalhar com os recantos profundos da alma humana. É ter um olhar atento dentro de nós. É dar-se o direito de se distanciar em certos momentos do atordoamento e ruídos que nos cercam no cotidiano. Ouvir a voz profunda do interior e do coração para poder ter contato real com a realidade da vida.
Trabalhar a interioridade exige faz silêncio não só dos ruídos exteriores porém também dos ruídos interiores. O silêncio ajuda a construir a atenção de qualidade do interior.
O ser humano possui uma grande sede que se pode ser plenamente identificada e saciada no poço da interioridade. É também um encontro e reencontro com os desejos mais profundos.
Ir até nossa interioridade significa um encontro com as verdades mais fundamentais da vida. Dar-nos a capacidade de sempre reencontrar a vida naquilo que tem de essencial e que dá sentido a ela.
Escutar a interioridade é um processo de sempre escutar a vida nas suas pulsações mais sutis.
A interioridade caminha com o autoconhecimento como caminhos para a maturidade humana. A harmonia no exterior exige harmonia interior. Essa harmonia interior é fundamental para o processo de integração do próprio ser.
A interiorização e a integração do ser é uma tarefa intransferível de dada um de nós.
Prof. José Pereira da Silva