É fundamental conhecer o mundo particular de cada pessoa pois fornece o contexto para se conhecer quem ela é verdadeiramente.
Existe sempre o risco em se fazer uma leitura superficial de como é ou poderia ser uma pessoa tendo apenas por base algum gesto isolado. Podemos cometer enganos. Muitas pessoas não aprenderam a gostar de si mesmos e tem dificuldades de aceitar o outro.
Ninguém é totalmente dominado pela dureza de coração. Sempre existe lampejos de sensibilidade.
A gratuidade sempre favorece o acolhimento do mistério do nosso semelhante. Nos impulsiona a fazer a experiência cristã fundamental: a doação. Ir em direção ao próximo sem deixar-se ofuscar por juízos deformados que fazemos de suas vidas. É importante verdadeiramente sermos próximos.
A fraternidade acontece na proximidade real das pessoas. O movimento de ir ao encontro dos outros. O encontro da partilha dos dons humanos e espirituais que temos. A peregrinação da partilha.
A vaidade cega a percepção do outro chegando a deformar a própria pessoa. É ter um olhar despojado diante do semelhante.
A gratuidade deve ser exercida principalmente nos tempos atuais. O acolhimento acompanha a gratuidade.
Acolher não é como se pode pensar mera amabilidade, não apenas sinal exterior.
Acolher não é aprovação, é buscar em conjunto da verdade das situações. Não é generalizar a pessoa e sim respeitá-la na sua identidade.
Acolher é receber a pessoa tal qual ela é, na sua integralidade. O acolhimento nos aproxima muito do princípio da misericórdia.
Acolher exige a compreensão, exige abrir novos horizontes na convivência. Acolhimento exige diálogo respeitoso. É um caminho de saída de si para encontrar o outro na sua identidade. Dialogar para entender o lugar do outro.
O acolhimento é sempre um desafio fundamental. O acolhimento recíproco, o amar e sentir-se amado, é uma dimensão que equilibra o ser humano. Ser acolhido é se sentir valorizado como pessoa. O amor acolher é resposta para muitas necessidades humanas.
Prof. José Pereira da Silva