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domingo 22 dezembro 2024
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Fé e Razão – Espiritualidade do tempo do Advento: preparar-se para o Natal

Todo grande acontecimento exige a preparação adequada, é o caso do Natal, pois celebramos nascimento de Jesus Cristo.

Advento significa vinda, é o tempo que se centra na vinda de Jesus Cristo.
Nas semanas antes do Natal devemos preparar nossos corações para aquele que deseja habitar sempre conosco. É uma chegada que muda nosso modo de viver.

A preparação para o Natal é um aprendizado das coisas simples que são essências para a vida humana. De preparar o coração para os gestos de amor de que tanto carece a humanidade.
É um tempo para resgatar algumas atitudes e práticas fundamentais tais como: ter um tempo em silêncio em nosso coração na feliz expectativa do Cristo que vêm até nós; ler os Evangelhos ou algum texto de espiritualidade cristã que pode ser feita individualmente ou em grupo; exercer a caridade para com o próximo,; buscar o sacramento da reconciliação como forma de preparar o espírito e o coração; refletir sobre o nascimento de Jesus Cristo.

Na preparação do Natal devemos nos abrir os dons que só Deus pode nos dar: Fé, paz e alegria. Ter uma atitude sempre de gratidão e humildade.
Advento é tempo de vigiar para não se cair na letargia da consciência, no atordoamento espiritual, na sonolência da fé e na falta de caridade. Jesus adverte: “Tomai cuidado e vigiai” (Mc 13,33). A vigilância é a matriz de todas as virtudes cristãs.

São Basílio de Cesareia (330-379 d.C) dizia: “O que é específico do cristão? Vigiar todo os dias e a cada hora e estar prontos para cumprir plenamente a vontade de Deus, sabendo que na hora que não pensamos o Senhor vem”(Regras Morais 80,22).

Advento é o tempo para redescobrirmos a vida plena que Jesus traz numa simples manjedoura. Tempo de repartir a vida. Que o amor, a verdade e o bem sejam realidades concretas na vida das pessoas.
A vigilância se relaciona a pessoa de Jesus Cristo, que veio e virá. O que significa ter presença na história, lucidez interior, não ser distraído. A vigilância é sobre si mesmo e o que dificulta o encontra profundo com Deus.
São Paulo adverte: “Não durmamos, pois, como os outros, mas vigiemos e sejamos sóbrios” (1 Ts 5,6).

Prof. José Pereira da Silva