A vida humana também é marcada pela dor, fracasso, infelicidade , sofrimento físico, psicológico e moral que possuem efeito devastador.
Cada pessoa alguma vez em sua vida experimentou o sofrimento de um fracasso sofrido, da frustração de uma expectativa ou as surpresas de acontecimentos imprevisíveis e funestos.
São realidades negativas que surgem na vida humana e desconcertam. Vêm a angústia diante da redução de muita coisa a insignificância. São os Jó da história humana de todas as épocas.
Essa fenomenologia do fracasso faz parte da existência humana. O trauma do fracasso se configura como o drama do vazio. Estamos no âmbito do sentido da vida.
O mundo contemporâneo é muito pobre espiritualmente e muito desorientado em relação aos valores de sentido. O ser humano precisa sempre de um horizonte de sentido.
O mundo atual é fragmentado, um mundo de coisas que se corrompe, de coisificação das coisas. Muitas pessoas não possuem um referente e valores para orientar a caminhada existencial.
A vida é uma teia de relações : biológico, fisiológico, sócio-culural e mental. Toda a realidade está em relação de interpendência com a nossa concepção do mundo. A consciência moral em todo o período moderno foi anestesiada. Ela precisa ser despertada do torpor e passar a ter visões mais integrativas.
O ser humano diante dos infortúnios, diante dos fracassos deve analisar suas ideias, visão global. A transformação mental leva a uma reconstrução de perspectivas. É a reconstrução diante das descontruções. Superar o ego para se ter uma vida significativa.
O mundo ocidental transformou o homem num pequeno deus, como se fosse o centro da realidade, isso traz para o homem sofrimento. O desconexa da sua profunda realidade interior e exterior e dos outros seres humanos.
É sempre preciso mudar nossa visão , nosso modo de situar-nos diante dos problemas. O mundo deve ser considerado e refletido em sua integralidade, como dizia o filósofo Jean Guitton (1901-1999): o mundo como um grande pensamento de Deus.
Prof. José Pereira da Silva
