Estamos vivendo numa época de várias crises e entre elas a crise moral. O ser humano pode sempre correr o riso de praticar e viver práticas incoerentes e que não promovem o crescimento da sua vida. Existe sempre o perigo relativista de se criar e viver uma moral segundo conveniências particulares. O que coloca em risco valores fundamentais para toda a humanidade.
Em certas situações em nossa sociedade tem-se a impressão de uma involução do ser humano, uma desintegração moral. A decadência de valores essenciais pode levar a lentamente da própria cultura.
Nem sempre todo o progresso material, tecnológico significa crescimento em consciência moral. De um lado temos o domínio da matéria e do outra a falta de conhecimento de si mesmo. A absolutização dos bens de consumo (consumismo) e do outro a relativização dos valores do espírito.
Progresso na produção de bens materiais e de outro o retrocesso moral em muitos âmbitos.
Diante de tudo fica evidente a importância da reponsabilidade e da consciência morais. Não se pode livrar da própria consciência sem graves prejuízos humanos. Como dizia Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C): “Educar a mente sem educar o coração, não é educação”. É preciso educar o coração para a vivência de valores fundamentais.
A liberdade humana nunca pode significar fazer o que se quer e quando quer. A liberdade consiste em vivenciar e aplicar a dinâmica moral no desenvolvimento e aperfeiçoamento da consciência. Processo fundamental de humanização.
Esse crescimento da consciência moral juntamente com a prática de atitudes morais vai plasmando a consciência das realidades essenciais e definitivas. Fundamental nesse processo de formação da consciência ter a consciência de Deus. Como disse o escritor russo Fiódor Dostoiévski ( 1821-1881): “Se Deus não existe, tudo é permitido”.
Formar bem a consciência moral faz parte da dignidade humana. Existe imperativos de ordem moral que não podem ser desprezados sem graves prejuízos em termos de humanidade e de vida digna.
Existe uma lei que é inscrita no coração de cada homem e mulher que o impele a fazer o bem e em procurar melhorar enquanto pessoa humana.
Existe hábitos que mudam é a dinâmica da história porém certos imperativos morais devem ser sempre válidos. Tem exigências no interior do homem que devem ser respeitadas senão corre-se o perigo de se perder a dignidade humana, de se desumanizar lentamente.
Imperativos morais fundamentais para a estabilidade da sociedade. Sem esses valores imprescindíveis a vida humana perderia seu sentido. Geraria um vazio existencial. Valores que correspondam às mais profundas aspirações do coração humano. É imprescindível a formação da consciência moral para construirmos uma sociedade mais humana.
Prof. José Pereira da Silva