Vivemos hoje em dia no meio de um turbilhão de acontecimentos que chegam ao nosso conhecimento com rapidez extraordinária pelos meios de comunicação.
Ficamos a tal ponto envolvidos pela agitação e pela pressa, características de nosso tempo, que somos impedidos de valorizar a emoção, a ternura, a simplicidade dos gestos e o compromisso de se doar.
Tanto progresso de que desfrutamos nos tem ajudado a viver melhor? Há sérias dúvidas quanto a essa questão, porque em nossa era de novidades tecnológicas, computadores, transplantes e de tanto consumismo parece que estamos correndo atrás de algo que não conseguimos alcançar: a felicidade.
A segurança que acalma nossa ansiedade é aquela que brota da afetividade, do amor , da família. As pessoas devem passar do egoísmo ao verdadeiro amor, sem conformismo inoperante, nem a impaciência dos violentos, para que as estruturas humanas correspondam cada vez mais à dignidade humana.
A grande verdade é que só o amor dá sentido à vida. Ele é como um fogo que lança sua chama sobre toda a existência: manifesta-se, sobretudo, nas palavras ditas pela pessoa e nas atitudes que ela assume. As palavras, assim, são de respeito, e as atitudes têm um colorido envolvente. Qual é a fonte? “Deus é amor” (1 Jo 4,8).Deus fez gente para mostrar a força poderosa do amor, amando-nos até as últimas circunstâncias.
Cada pessoa deve mergulhar nessa dinâmica. O copo d’água oferecido ao próximo indistintamente significa que , mesmo que pequeno, o ato de amor é algo luminoso, de luminosidade humilde e escondida.
Nossa vida vai correndo também, o tempo vai passando. Isso é a brevidade da vida, e isto nos impele a valorizar cada momento. Cada dia tem seu valor, sua mística , seu compromisso.
E a mística da vida é o valor que damos ao que vivemos no presente, a consciência da brevidade da vida.
Cada pessoa deve entregar-se a missão de construir um mundo melhor para que todos tenham vida digna. Devemos ter sempre a esperança ativa de um mundo melhor e de pessoas melhores.
Prof. José Pereira da Silva