O filósofo René Descartes (1596-1650) disse: “A leitura é uma conversa com os homens mais ilustres dos séculos passados”. O seu pensamento pode ser completado nas palavras de Marcel Proust (1871-1922) escreveu: “Todo leitor, quando lê, é leitor de si mesmo”.
A literatura e demais escritos é uma conversa íntima. Além de sabedoria, todos conhecemos mesmo os que não lêem quanto há de torpor e êxtase nas linhas de um poema ou um romance estarrecedor.
O escritor argentino Júlio Cortázar ( 1914-1984) definiu o ato de escrever: “Esse jogo à beira da sacada, esse fósforo ao lado da garrafa de gasolina, esse revólver carregado na mesa iluminada”.
Tem livros que desafiam a própria morte do autor. O desafio d evencer o tempo e se manterem vivos através de suas obras. É uma herança deixada por escritores imemoriais. Escreveu Goethe (1749-1832) :”O declínio da literatura indica o declínio de uma nação”. Pobre é o povo que não lê.
Como dizia o poeta Castro Alves (1847-1871) : “Oh! Bendito o que semeia livros… livros à mão cheia… E manda o povo pensar!”.
É importante conhecer os clássicos. Como escreveu Marguerite Yourcenar (1903-1987): “A vida me esclareceu os livros”.
Os clássicos são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer: Estou relendo e nunca estou lendo. São livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido; mas constituem uma riqueza não menor para quem os lê pela primeira vez.
O prazer da leitura é pessoal, é uma experiência estética. É fundamental que as pessoas tenham o primeiro contato com os clássicos. A literatura tem um valor formativo, humano e estético.
É propiciar o conhecimento do imenso patrimônio das obras literárias já produzidas pela humanidade. O clássico é aquele que se lê permanentemente, que aprendemos mais a cada leitura e com satisfação.
A leitura deve ser a busca de algo que atinja o coração humano e o melhore.
A leitura está dentro do processo da procura educativa. Ela deve estar entrelaçada no tecido cultural que influencia na mentalidade e comportamentos das pessoas.
As obras literárias permitem a experiência intelectual e humana dos limites e possibilidades humanas. A literatura propicia uma busca de palavras para exprimir emoções; de palavras para se definir experiências. Muitos livros tem a façanha de ajudar numa revolução interior. Precisamos de palavras para narrar e compreender a vida que nos rodeia. Livros também são pacotes de memórias vitais.
Prof. José Pereira da Silva